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Comissão Europeia deixa ''cair'' carros 100% não poluentes em 2035

17.24h
 
Comissão Europeia deixa ''cair'' carros 100% não poluentes em 2035

A Comissão Europeia abandonou esta terça-feira a meta de ter em 2035 só carros eléctricos ou a hidrogénio, como resposta às preocupações do sector automóvel europeu.

A fasquia obrigatória reduz para 90% as emissões de gases poluentes, sendo os restantes 10% compensados pelo uso de aço de baixo carbono produzido na União Europeia, assim como combustíveis sintéticos (e-fuels) e biocombustíveis.

Esta compensação, considera o executivo comunitário segundo a nota da agência Lusa, permite que veículos que não sejam 100% eléctricos ou alimentados a hidrogénio continuem a ser vendidos após aquela data, desde que os fabricantes compensem as emissões dessa forma.

O Pacote Automóvel responde aos apelos da indústria da UE para simplificar as regras e oferecer à indústria mais flexibilidade para atingir as metas de dióxido de carbono (CO2), e apoiar veículos e baterias fabricados no território.

Manter a competitividade

Com esta revisão das metas, Bruxelas considera que a competitividade da UE aumenta, ao mesmo tempo que economiza custos estimados em 706 milhões de euros por ano, sem ignorar a redução da burocracia.

A medida permitirá a circulação após 2035 de veículos com motorizações híbridas plug-in, extensores de autonomia, micro híbridos ou com motor de combustão interna, ao lado dos 100% eléctricos e aos veículos a hidrogénio.

Os fabricantes automóveis poderão ainda beneficiar até àquela data de "supercréditos" para produzirem pequenos "eléctricos" acessíveis na UE, de maneira a incentivar a comercialização de mais modelos com aquelas características.

Na meta para carros e carrinhas até ao final desta década, é introduzida uma flexibilidade adicional que permite "depósitos e empréstimos" para 2030 a 2032.

É também concedida uma flexibilidade adicional às carrinhas, com uma redução da meta de CO2 de 50para 40% em 2030.

Para os veículos pesados, a Comissão Europeia (CE) propõe uma alteração específica às normas de emissões de CO2, com uma flexibilidade que facilita o cumprimento da meta de redução em 45% em 2030.

Novas cadeias de valor

Bruxelas quer ainda acelerar o desenvolvimento duma cadeia de valor de baterias totalmente fabricada na UE. A Battery Booster prevê uma verba de 1,5 mil milhões de euros para apoiar os produtores europeus de células de baterias através de empréstimos sem juros.

Está igualmente previsto um investimento de 1,8 mil milhões de euros para acelerar o desenvolvimento duma cadeia de valor de baterias totalmente fabricadas na UE.

A CE garante manter o objetcivo de neutralidade climática até 2050, o mais tardar, e está empenhada em que todas as políticas continuem a ser coerentes com este nível de ambição.

Em 2023, o transporte rodoviário representavam cerca de 30% das emissões totais de CO2 da UE.

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