Carlos Ghosn, antigo presidente da Nissan, acusou esta terça-feira os executivos da fabricante japonesa de conluio contra ele "por medo de que a empresa perdesse autonomia" durante o processo de integração com a Renault.
Numa mensagem em vídeo – gravada antes de ter sido novamente detido na quinta-feira da semana passada – publicada esta terça-feira, o empresário voltou a dizer que é "inocente de todas acusações" e que estas "estão fora de contexto" e são "tendenciosas".
Ghosn afirma que tudo se deve ao receio de alguns executivos da Nissan de que a aliança com a Renault pudesse "trair a essência e comprometer a autonomia" da fabricante japonesa. Recorde-se que a fabricante gaulesa detém 43% da Nissan.
O empresário foi afastado da presidência da Nissan logo após ter sido detido pela primeira vez, a 19 de Novembro do ano passado. Já esta segunda-feira os accionistas da Nissan nomearam o presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, para o conselho de administração da fabricante do país do sol nascente e formalizaram a saída de Ghosn.