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Alliance reformulada: Renault reduz participação na Nissan

13:39 - 30-01-2023
 
Alliance reformulada: Renault reduz participação na Nissan

A Renault vai reduzir a participação na Nissan de 43,4% para 15%, para colocar as duas fabricantes automóveis em pé de igualdade.

A decisão foi anunciada em comunicado esta segunda-feira após quatro meses de negociações difíceis.

Em causa estava a partilha de propriedade intelectual, tendo em conta que a Renault procurava fazer novas parcerias com empresas fora da parceria Alliance.

A Nissan Motor Co. e o grupo Renault confirmaram o reajustamento, que a construtora japonesa pedia há algum tempo.

A Renault vai transferir 28,4% das acções que detém na Nissan para um fundo financeiro com sede em França.

Será mantida uma participação de 15%, igual à que a Nissan tem na fabricante francesa.

Os direitos de voto "serão neutralizados" para a maioria das decisões, destacam as duas empresas.

A Nissan descreveu a reestruturação como um passo em direcção a uma governança equilibrada e participação accionista cruzada para promover eficiências operacionais".

A aliança Nissan-Renault começou em 1999, com a empresa francesa a investir cerca de 3,7 mil milhões de euros na fabricante japonesa devido às dificuldades financeiras por que passava.

Todavia, a disparidade nas participações das duas empresas foi um motivo de atrito.

Apesar de ter-se tornado muito mais lucrativa do que a Renault, a Nissan não tinha direito a voto na fabricante francesa.

A Nissan vai investir para tornar-se um "accionista estratégico" da Ampere, empresa que a Renault está a criar para fabricar veículos eléctricos em exclusivo.

O acordo envolveu também negociações em outras áreas de cooperação, como o reforço das operações da Nissan na Europa, Índia e América Latina.

Falta agora a aprovação do acordo pelos conselhos de administração da Renault, Nissan e Mitsubishi Motors, empresa que também faz parte da Alliance.

Recorde-se que a Renault e a Nissan têm vindo a negociar novas fórmulas de cooperação desde o final de 2018.

Foi nessa altura que Carlos Ghosn, antigo presidente das duas empresas e um dos principais artífices da aliança, foi demitido após ter sido detido no Japão por supostas irregularidades fiscais.

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