A Renault está a preparar a sucessão do seu CEO. O nome do herdeiro do brasileiro Carlos Ghosn deve surgir em Fevereiro, muito possivelmente no dia 16, quando a marca francesa vai anunciar os seus resultados aos accionistas, que poderão votar o novo CEO na reunião anual que terá lugar em Junho. Carlos Ghosn poderá manter a liderança da Aliança Renault/Nissan, um negócio separado com sede na Holanda.
A lista de candidatos à sucessão é vasta, mas ninguém arrisca o nome de um favorito. Tudo indica que os franceses procuram uma solução interna e, nesse cenário, há muitas alternativas: Thierry Bollore, o responsável pelo departamento de "Competitiveness"; Stefan Mueller, "chief performance officer"; e Thierry Kostas, responsável pelo marketing e vendas. Mas este não é um cenário fechado...
O Governo francês não passa ao lado deste processo e terá uma palavra a dizer. É certo que nos últimos meses vendeu cinco por cento da sua participação na Renault e detém apenas 15 por cento. Mas tem peso nas decisões e os políticos gostam da estratégia de Carlos Ghosn.
Em Outubro, o anúncio do "Drive the Future", o plano estratégico delineado pelo brasileiro, apontou para lucros de 70 mil milhões de euros, um aumento de 40% face a 2016 e, ao mesmo tempo um aumento de rentabilidade de 7% . Estes números apontam um crescimento de 40% nas vendas, para chegar aos cinco milhões de veículos, 60% dos quais vendidos no mercado internacional.