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ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022

13:34 - 17-02-2023
 
ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022ACAP: ''usados'' importados foram mais de 2/3 das matrículas novas em 2022
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A importação de veículos ligeiros de passageiros usados representou 67,1% do total de matrículas em Portugal em 2022.

Os dados foram avançados esta quarta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) na sua conferência de imprensa anual.

Mais grave é o facto de 1,5 milhões de veículos a circularem nas estradas terem mais de 20 anos, o que representa um quarto do parque automóvel nacional.

"Usados" em alta

Em 2022 foram matriculados 104.908 ligeiros de passageiros que "já tiveram uma matrícula noutro Estado", detalhou o secretário-geral Helder Pedro.

"Portugal sempre foi um mercado que teve uma grande penetração de veículos importados usados, mas andava nestas percentagens dos 20% a 25% e subiu de forma exponencial".

Helder Pedro atribuiu esta subida à crise de semicondutores, que provocou uma falta de veículos usados no mercado português.

Antes da pandemia da Covid-19 e da escassez de semicondutores, em 2019 foram matriculados 79.459 ligeiros de passageiros que já tinham sido registados noutro país, representando 35,5% do total de matrículas.

No ano seguinte, esse valor caiu para 58.106, mas a "quota de mercado" subiu 4,5%, para em 2021, os 72.586 importados representarem 49,5% do total de matriculações.

Média de sete anos de idade

A componente da idade média dos veículos preocupa a ACAP, como assinalou o presidente do Conselho Estratégico dos Construtores Automóveis.

"A primeira preocupação que temos é ambiental", assumiu Pablo Puey. "Se um carro que está a entrar tem sete anos, está a aumentar as emissões no país".

Puey, que é também director de operações em Portugal do grupo PSA, mostrou ainda reservas quanto ao impacto da importação no comércio de automóveis.

"Um mercado de 180.000 carros que tenha 100 mil usados importados é uma grande preocupação".

Mais grave é o facto de 1,5 milhões de veículos a circularem nas estradas terem mais de 20 anos, o que representa um quarto do parque automóvel nacional.

Na viragem para o novo milénio, por exemplo, carros com aquela idade representavam apenas 1% do total.

Em comparação com a média europeia, a idade média dos veículos ligeiros no nosso país era de 13,4 anos, e de 15 anos para os ligeiros de mercadorias e pesados de passageiros e de mercadorias.

Acrescente-se que, dos 5,6 milhões de carros em circulação em Portugal, em 2021, 63% têm mais de dez anos de idade.

E, já no que se refere à idade média dos veículos entregues para abate, em 2021 rondava os 23,5 anos, quando em 2006 se fixava nos 16 anos.

A ACAP propõe que sejam reintroduzidos mecanismos de incentivo ao abate de veículos em fim de vida para acelerar a sua substituição por viaturas com baixas emissões.

Regular importação

José Ramos, presidente da ACAP, alertou para os efeitos da imposição da venda exclusiva de "eléctricos" a partir de 2035 na União Europeia, e pediu medidas para a sua regulação.

"Se não houver medidas que impeçam a importação, ou pelo menos reduzam a importação de carros usados, (...) vamos aumentar ainda mais a importação de carros usados com motores a combustão", defendeu José Ramos, também presidente da Toyota Caetano Portugal.

Na terça-feira, o Parlamento Europeu (PE) aprovou a proposta da Comissão Europeia que proíbe a comercialização na União Europeia de novos automóveis ligeiros de passageiros e comerciais exclusivamente movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035.

O texto já acordado com os Estados-membros da UE define para o sector o caminho para se atingir as metas definidas no plano Objectivo 55.

Aquela estratégia prevê, nomeadamente, emissões nulas de dióxido de carbono dos novos automóveis de passageiros e veículos comerciais ligeiros em 2035.

Os objetivos intermédios de redução das emissões para 2030 são fixados em 55% para os automóveis de passageiros e em 50% para os veículos comerciais ligeiros.

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