O grande destaque do Rali da Suécia foi a
vitória do finlandês Jari-Matti Latvala e o regresso da Toyota aos triunfos no WRC, algo que já não acontecia desde 1999 (
veja o vídeo da prova).
Mas como já vem sendo hábito, o cenário da prova que decorreu na região de Värmland – que curiosamente significa "terra quente" – foi outro dos pontos altos do fim-de-semana, já que as florestas da Suécia estão cobertas de neve nesta altura do ano.
Dessa forma, o piso escorregadio representa uma dificuldade acrescida para os pilotos, uma vez que a aderência é pouca e os carros deste ano estão mais rápidos, mais potentes e mais leves.
E para manter carros e pilotos em pista, é necessário recorrer a uma "tecnologia antiga" mas que continua a ser eficaz: "pneus com pregos".
Cada carro que participou no Rali da Suécia estava equipado com 384 "pregos" por pneu, 1536 no total, cada um com 2 cm de tamanho. Isto permite que apesar da neve e do gelo os pilotos possam atingir e superar velocidades de 180 km/h.
Os "pregos" são "cravados" na superfície e oferecem uma tracção impossível de replicar com elementos mecânicos noutras superfícies.
"A sensação é diferente de tudo o que se sente neste desporto", afirmou Latvala.
"Sinceramente, é impossível acreditar nas forças que podes colocar no carro. Quando tens gelo duro podes acelerar tanto e travar mais tarde do que com um pneu de competição em asfalto seco", acrescentou.
"Mas é a tracção lateral que é o melhor. É muito engraçado. Quando vais a deslizar o carro na mudança mais alta a quase 200 km/h e sabes que tens tanta tracção, tens de sorrir, é o melhor sentimento do mundo", concluiu.