Os tão aguardados Ford GT começaram, finalmente, a sair da linha de montagem, quase dois anos depois da sua primeira aparição pública, no salão de Detroit de 2015. Montados totalmente à mão, estes superdesportivos são feitos pela Ford Performance na fábrica canadiana Multimatic, em Markham, no Ontário.
O facto de o Ford GT já ser conhecido há quase dois anos e de até já ter grandes sucessos desportivos no palmarés mas só agora começar a chegar aos seus clientes não significa qualquer atraso no programa, segundo explicou o vice-presidente executivo da marca, Raj Nair, depois de conduzir a primeira unidade para fora da linha de montagem:
"No início de 2016 tínhamos dois grandes objectivos para o nosso superdesportivo Ford GT – brilhar em Le Mans e iniciar as entregas antes do final do ano. Atingimos os dois", disse, recordando a
vitória na categoria GT na clássica de 24 horas.
Ford já começou as entregas do "super" GT
Para cumprir esse objectivo, apenas uma unidade está pronta a ser entregue, não tendo a Ford garantido ainda que consiga disponibilizar uma segunda unidade até ao final deste mês. Tratando-se de construção totalmente manual, ao ritmo da de carros de competição, a produção faz-se a uma cadência bastante lenta, não prebendo a Ford ultrapassar as 250 unidades anuais.
Os planos iniciais da marca da oval azul apontam para uma produção de apenas mil unidades daquele que anuncia como sendo o Ford mais rápido e mais desportivo alguma vez construído. A ideia é, obviamente, manter um elevado grau de exclusividade, o que parece garantido pela gigantesca diferença entre procura e oferta: até agora apenas foram atribuídos os primeiros 500 carros a serem produzidos e só em 2018 serão atribuídos os segundos 500; mas a Ford revelou ter recebido… 6506 encomendas até à Primavera passada!
Alguém vai ficar muito zangado… Mas a Ford tem escolhido os felizes contemplados com a possibilidade de gastarem qualquer coisa como… meio milhão de euros – preço estimado, já que a marca ainda não anunciou valores – através de um questionário. E, aí, tem dado primazia aos clientes que mostram vontade de guiar regularmente o carro, em lugar dos coleccionadores que preferem não levar o GT até à estrada…
Pela enorme procura, a Ford admite que a produção final possa ultrapassar as mil unidades previstas, mas avisa desde já que ficará sempre muito abaixo das quatro mil da anterior geração do GT. Curioso é o facto de, apesar de estar a começar a entregar as primeiras unidades do seu superdesportivo, a Ford continuar sem divulgar os dados oficiais do GT, apenas indicando que o V6 Ecoboost biturbo de 3,5 litros debita mais de 600 cv…