Pela primeira vez, a Volvo apresentou-se no Salão Automóvel de Los Angeles sem… automóveis! A marca sueca vai usar o certame norte-americano para mostrar ao mundo os seus avanços mais recentes no campo da tecnologia, da mobilidade e da condução autónoma.
Em vez de mostrar um projecto de quatro rodas, a Volvo vai centrar a sua participação neste evento no futuro da mobilidade, na conectividade a bordo, nas portas que os serviços de car-sharing abrem e, acima de tudo, na tecnologia, até porque a Volvo já anunciou parcerias estratégicas com marcas estabelecidas como a Amazon, a Google e a Nvidia, bem como parcerias com "start-ups" tecnológicas, como é o caso da Zenuity e da Luminar.
Esta última, a Luminar, tem sido fundamental no caminho que a Volvo está a percorrer rumo à condução autónoma e isso ficou visível em Los Angeles, nomeadamente em Venice e em Santa Mónica, onde a marca sueca – juntamente com a Luminar - já teve oportunidade de mostrar a nova geração de sensores laser que são capazes de detectar pessoas e objectos que estejam a uma maior distância do veículo.
Esta tecnologia representa um enorme avanço e faz com que a condução autónoma seja mais segura em zonas de trânsito congestionado, até porque estes sensores apresentam um raio de acção que pode ir até aos 250 metros.
"A tecnologia autónoma levará a condução mais segura a um novo nível, muito além das limitações humanas. Tal como somos líderes em segurança, também queremos sê-lo na condução autónoma, o que implica continuar com a Luminar, que partilha a mesma ambição que nós", afirmou Henrik Green, vice-presidente sénior de pesquisa e desenvolvimento da Volvo.
Recorde-se que a última experiência da Volvo na condução autónoma é o protótipo 360c que a marca apresentou no passado mês de Setembro (ver galeria). Trata-se de um protótipo de um automóvel autónomo eléctrico que promete ser uma espécie de cabine privada de primeira classe para o levar no maior dos confortos do ponto A ao ponto B.
A Volvo foi mais longe e apresentou este concept como um automóvel capaz de rivalizar com os… aviões. É que a proposta da marca sueca passa por fazer deste projecto uma alternativa a ligações curtas (a rondar os 300 km) de avião, muito comuns em países como os Estados Unidos, onde só em 2017 houve mais de 740 milhões de pessoas a embarcar em voos domésticos.