Depois de vários anos de espera e de muitos meses de especulação, a Jeep mostrou finalmente o novo Wrangler no Salão Automóvel de Los Angeles.
Esta nova geração do ícone, que surgiu pela primeira vez em 1987, mantém a imagem e o carácter aventureiro, respeitando as tradições deste modelo, mas representa um passo em frente no que a tecnologia diz respeito.
Mas vamos começar pelo que mais interessa, o chassis e o motor. Na base deste novo Wrangler está um novo chassis em escada, uma suspensão completamente redesenhada e uma carroçaria com painéis em alumínio. Isto não só permitiu manter o peso do novo Wrangler controlado – pesa menos 90 quilos que o antecessor – como garantir um aumento na rigidez.
No que a motores diz respeito, este Wrangler conta com um bloco Pentastar (do grupo FCA) de 3.6 litros V6 com 285 cv (352 Nm de binário) e um bloco de 2.0 litros turbo de quatro cilindros que produz 268 cv e 400 Nm de binário. O primeiro, que pode ser acoplado a uma caixa manual de seis ou oito velocidades ou uma caixa automática de oito, é um bloco tradicional, mas o segundo pode ser visto como uma espécie de híbrido, já que conta com um sistema eléctrico de 48V. Este modelo só está disponível com uma caixa automática de oito velocidades.
Mais tarde, provavelmente só em 2019, a Jeep vai acrescentar um bloco turbodiesel de 3.0 litros às versões de quatro portas do Wrangler.
Tal como sempre acontece com este modelo, há vários tipos de carroçarias disponíveis, desde uma versão com tejadilho rígido (com painéis removíveis) a uma de capota de lona eléctrica, às quais se juntam configurações de duas e quatro portas. Além disto ainda estão vários tipos de acabamentos disponíveis: Sport, Sport S e Rubicon, sendo que na versão de quatro portas ainda se junta o nível de equipamento Sahara.
O Wrangler continua a ser uma proposta à medida do todo-o terreno, mas nesse particular é a versão Rubicon que mais se destaca. Como tal, não é de estranhar que esta variante venha com pneus off-road de 33 polegadas, dois sistemas de tracção integral (Command-Trac e Rock-Trac), barras estabilizadores desconectáveis e eixos Dana 44. Tudo isto permite que o Rubicon "navegue" em águas com 76 cm de profundidade, um ângulo de ataque de 44 graus e um ângulo de saída de 37 graus.
No que ao "look" exterior diz respeito, destacam-se as cavas das rodas redesenhadas, a nova secção frontal com uma grelha com sete listas verticais – tal como Jeep CJ5 original, grupos ópticos com tecnologia LED e novas luzes diurnas (também LED) no pára-choques dianteiro.
Mas foi dentro do habitáculo que os designers da Jeep mais horas perderam. É que além de reforçar a personalidade aventureira e as capacidades "off-road" que marcam este veículo, a Jeep quis que o Wrangler desse um passo em frente no que à qualidade do habitáculo e tecnologia diz respeito.
Como tal, todas as variantes do novo Wrangler contam com o sistema de infotainment do Grupo FCA, denominado Uconnect, que tem como terminal multimédia um ecrã que pode ir das 5 polegadas até às 8.4. Importa igualmente referir que este sistema é compatível com o Apple CarPlay e Android Auto, sendo que está disponível um hotspot que fornece wifi aos passageiros, dias portas USB para que nunca fique sem bateria no smartphone e duas tomadas de 12V.
Mas há mais. A qualidade dos materiais aumentou e isso é notório nos bancos, que apesar de continuarem a não contar com ajustes eléctricos, podem ter um acabamento em tecido ou em couro, sendo que este último material também pode ser usado para forrar todo o tablier, detalhe que garante a este Wrangler um "look" mais "premium".
As vendas do novo Jeep Wrangler arrancam no início do próximo ano nos Estados Unidos, mas ainda não são conhecidos preços. Por desconhecer continua também a data de lançamento deste modelo no nosso país, bem como as versões que estarão disponíveis.