LVCHI é nome de berlina eléctrica chinesa com… 1002 cv!

Quem não quereria ter um automóvel eléctrico se lhe garantissem que era uma berlina de luxo, com espaço para quatro belas poltronas, com 1002 cv de potência e autonomia que, no ciclo NEDC, atinge os 652 km?! Assim não há ninguém que não goste de automóveis eléctricos, para mais se estiver "embrulhado" numa carroçaria que mimetiza as populares berlinas-coupé, resultado do trabalho do estúdio italiano de "design" I.DE.A.!

Aqui o único problema é estarmos a falar de uma marca chinesa, a LVCHI Auto, nascida em Xangai há apenas dois anos. O ser chinesa não é um problema em si, apenas é o facto de tudo se passar de forma algo secreta, não havendo grandes dados sobre as suas intenções quanto a uma possível vinda para a Europa. É verdade que a presença no salão de Genebra já foi um sinal, juntamente com as (boas) intenções de começar a produzir esta híper berlina em 2019, mas ainda é pouco…

Foquemo-nos, por isso, no carro apresentado, a berlina LVCHI Venere, e que pode ser visto como um concorrente directo do Tesla Model S, se bem que mais comprido – com 5,15 m de comprimento é quase do tamanho de um Mercedes Classe S –, com gigantes distância entre eixos (3,040 m) e portas de abertura antagónica.

Tem quatro motores eléctricos, dois em cada eixo, totalizando 740 kW de potência, o equivalente a 1002 cv! O binário fica-se por "modestos" 1540 Nm, números que permitem que os 2100 kg do Venere acelere até aos 100 km/h em meros 2,5 s, chegando aos 286 km/h. A energia chega aos motores a partir de uma bateria de iões de lítio com 100 kWh de capacidade. Os números parecem não bater muito certo, entre a capacidade da bateria, a potência dos motores e a autonomia anunciada de 650 km… mas não vamos estar a desmentir os dados oficiais da marca.

Quando as portas se abrem, de par em par, acede-se a um habitáculo futurista, em que o "tablier" tem ecrãs de uma ponta à outra, começando logo com dois que projectam as imagens das câmaras que fazem a vez dos retrovisores exteriores. Os ecrãs prosseguem como o já habitual ao centro, os da consola central para controlar a climatização e um para o passageiro ter o seu próprio sistema de entretenimento. O ambiente é requintado, com quatro bancos envolventes e acolhedores.

Agora falta saber se a LVCHI – não foi dada qualquer indicação de como se pronuncia o nome da marca… – irá mesmo começar a produzir o Venere no próximo ano. Mas que até está com um ar já próximo de uma versão de produção, lá isso está!