Voltou o Borgward Isabella! Mesmo que ainda como "concept" e numa variante de propulsão eléctrica e em carroçaria "coupé"… mas de quatro portas, é sempre bonito ver o regresso de nomes que fizeram parte da história do automóvel. E com a dinâmica que esta marca apresenta neste ressurgimento, muito apoiado em capitais chineses, há sempre a esperança desta bonita berlina-coupé se tornar realidade!
A Borgward é uma marca alemã que já só dirá alguma coisa às pessoas mais velhas que ainda se lembrarão do sucesso do seu modelo Isabella (berlina, carrinha ou coupé), ainda nos anos 60, apesar de ter sido produzido entre 1954 e 1962. A marca viria foi declarada falida em 1961, num processo muito polémico e nunca totalmente esclarecido – a Borgward começava a fazer frente aos construtores já estabelecidos… –, mas viria a renascer em 2008, pelas mãos do neto do fundador, Carl F. W. Borgward.
A nova Borgward estabeleceu-se em parceria com os chineses da Foton e tem já dois modelos à venda na China, dois SUV, o BX5 e o BX7. Estando o negócio na China a correr bastante bem, o passo seguinte da Borgward era o regresso à Europa que começou com o enorme simobolismo de restabelecer a sua sede em Bremen, local de onde a marca era originária. Seguem-se, no final do ano, os lançamentos de uma variante especial do SUV BX7, denominada BX7 TS, com propulsão eléctrica, e dos modelos BX7, BX5 e o recente BX6 (versão com carroçaria mais "coupé" do BX5), todos com motor a gasolina.
É nessa perspectiva de entrada num mercado mais exigente e da necessidade de recuperar a imagem de uma marca que estava na liderança da tecnologia que a Borgward mostra este "concept" de grande berlina eléctrica: 5,0 metros de comprimento por 1,9 m de largura e 1,4 m de altura, com elementos tridimensionais a esculpirem uma carroçaria muito aerodinâmica.
Mais futurista ainda é o seu interior, como em qualquer "concept" que se preze, a que se acede pelas portas que correm para a frente e para trás, deixando um imenso espaço disponível, pela ausência do pilar B. Um belo exercício de estilo que ganha um aspecto ainda mais desportivo graças às jantes de 21 polegadas, mas sobre a mecânica do qual não foi adiantada qualquer informação. A Borgward quer regressar como um "player" ao mercado europeu e poderá surpreender no final deste ano se conseguir reproduzir, mesmo com ligeiros aumentos, os preços praticados na China!