Tudo o que já se sabe sobre o novo Audi A6

No dia seguinte a terem escapado três imagens para a Internet, a Audi revelou mesmo o novo A6 que será a sua grande novidade no salão de Genebra que abre ao público já na próxima semana.

Claro que a primeira reacção é dizer que este A6 é um novo A8 em ponto mais pequeno, o que nem será propriamente uma crítica. É, antes de mais, uma afirmação pouco exacta, já que a dianteira do A6 foi trabalhada para se distinguir da do A8 e até do A7 Sportback, com a grelha Single Frame mais angulosa e com formas diferentes e uma assinatura luminosa própria, aproveitando a tecnologia Matrix LED. Pode dizer-se que são detalhes, mas saltam bem à vista e é esta a forma de trabalhar da Audi. Já a traseira é bem diferente, com novos grupos ópticos, ligados por uma barra cromada.

Mas também se nota um visual mais dinâmico e até aparentemente mais compacto que transparece de um jogo de formas que nos consegue enganar o olhar: ao aumento da distância entre eixos contrapõe-se um "capot" mais curto e os vãos dianteiro e traseiro mais reduzidos. Isto disfarça o aumento da dimensão geral desta oitava geração do Audi A6 que também, verdade se diga, é apenas milimétrico: mais 7 mm no comprimento (4,94 m), mais 12 mm na largura (1,89 m) e mais 2 mm na altura (1,46 m). Contudo, tem um ar mais compacto, com um aro cromado a percorrer todo o habitáculo.

A habitabilidade deverá ter melhorado, em especial nos lugares traseiros. Até porque o ligeiro crescimento não teve influência na bagageira que se mantêm com 530 litros. O habitáculo é que é verdadeiramente plasmado do do A8, mais uma boa notícia, tal o nível tecnológico deste último. Também o A6 passa agora a ter três ecrãs digitais, um para a instrumentação e dois táteis, quer para o infoentretenimento e controlo de funções e sistemas vários, quer o do comando da climatização, mais em baixo, na consola central. Neste pode ainda escrever-se, com um dedo, os nomes das cidades/ruas para o sistema de navegação!

Os ecrãs centrais não têm sempre o mesmo tamanho, tendo 8,6 polegadas nas versões de entrada na gama e 10,1 polegadas nas mais equipadas. Estes ecrãs táteis têm a particularidade de exigirem que se exerça uma certa força sobre eles, a meio caminho entre o toque num ecrã normal e o carregar num botão, o que torna a sua utilização mais precisa e, no final, mais agradável.

O Audi A6 conta com 38 sistemas de auxílio à condução e também está preparado para receber toda a panóplia tecnológica que a marca alemã já tem pronta a ser usada para o tornar um automóvel autónomo de Nível 3. Assim a legislação o autorize…

As motorizações do novo A6 começarão no 2.0 TDi de 204 cv – evolução do propulsor até aqui com 190 cv –, sendo a única versão apenas com tracção dianteira, embora associada a uma caixa automática de sete velocidades e dupla embraiagem. As outras ofertas Diesel têm potências de 231 e 286 cv, tratando-se de motores V6, tal como a única proposta, para já, a gasolina, o 3.0 TFSI de 340 cv. Estes propulsores V6 recebem baterias de 48V, o que os torna os chamados "mild hybrid", tendo a capacidade de rodar em "ponto morto" entre os 55 e os 160 km/h sempre que detectam que há uma desaceleração, de forma a poupar combustível.

A nível dinâmico, o A6 poderá receber uma série de componentes, quer no capítulo do conforto, como a suspensão pneumática, quer na melhoria do seu comportamento, como o eixo traseiro com efeito direcional e, claro, a já habitual tracção integral quattro. Apresentado agora em Genebra, a comercialização do novo A6 deverá arrancar no início do próximo Verão. Quando à carrinha A6 Avant, ainda teremos de esperar alguns meses para a conhecermos…