
















A Toyota Hilux entra na nona geração em modo 100% eléctrico mas sem abdicar da motorização turbodiesel com apoio micro híbrido de 48 volts, enquanto espera pela solução a hidrogénio para 2028.
Revelada ao mundo esta segunda-feira, a pick-up diferencia-se da antecessora pela nova barra frontal com o nome da marca por extenso, assim como pela silhueta, agora apenas na variante com cabine dupla.
O lançamento oficial na Europa está prevista para Dezembro mas só no próximo ano os primeiros exemplares deverão começar a chegar aos concessionários nacionais.
Os estilistas da nova Hilux desenharam-na segundo o lema Robusta e Ágil, ideia logo patente na dianteira imponente, composta por ópticas mais afiladas unidas por uma barra central em preto com o nome Toyota ao centro.
Logo abaixo está uma grelha mais estilizada sobre a larga entrada de ar inferior, mas que no modelo 100% eléctrico é obviamente fechada.
Entre as novidades nas duas variantes está o degrau traseiro para facilitar o acesso à caixa de carga e o redesenho dos estribos laterais numa concepção que só compreende a versão com cabine dupla.
Mantidos foram os 5,32 metros de comprimento face à geração anterior enquanto a bordo da cabine dupla é notória a evolução na tecnologia… e no conforto!
Inspirado no recente Land Cruiser, o interior mais próprio dum SUV desta Hilux apresenta-se com um tabliê saliente onde se apoiam o painel de instrumentos de 12,3 polegadas e o ecrã de infoentretenimento com a mesma diagonal.
Todos os controlos de tracção às quatro rodas e de condução off-road estão agrupados na vertical da consola central para facilitar a operação, logo abaixo dos comandos físicos da climatização, e antes do selector de marchas.
Beneficia ainda do sistema Multi-Terrain Select, que adapta o desempenho da pick-up a diferentes pisos off-road com o controlo do travão e do binário, equivalente à condução no modo L4 num veículo a combustão interna.
Sem surpresa, os recursos do pacote T-Mate de segurança e assistência à condução foram significativamente ampliados, incluindo uma extensão do Toyota Safety Sense.
Nele estão incluídos a supressão de aceleração a baixa velocidade, o assistente de condução proactivo e o sistema de travagem de emergência, sendo as actualizações feitas por via remota.
A principal novidade na nova Toyota Hilux está mesmo na motorização 100% eléctrica, mesmo se tecnicamente mantém o chassis de longarinas característico da versão turbodiesel micro híbrida de 48 volts.
Projetada para o desempenho "fora de estrada", inclui medidas específicas para proteger a bateria contra danos ou entrada de água, sendo a capacidade de imersão igual à do modelo actual com motor de combustão interna.
A alimentar os dois propulsores, montados nos dois eixos para a tracção integral, está uma bateria de 59,2 kWh para uma autonomia combinada em redor dos 240 quilómetros.
Com uma potência global de 145 kW (197 cv), o motor dianteiro assume 205 Nm e o traseiro 269 Nm, o "suficiente" para uma carga máxima até 750 quilos, e uma capacidade de reboque até 1.600 quilos.
Quanto às acelerações, mesmo sendo um carro de trabalho, cumpre os zero aos 100 km/hora em menos de dez segundos, com a velocidade máxima a ficar limitada aos 140 km/hora.
Para quem não pode estar dependente da curta autonomia dada pela Hilux eléctrica, pode contar com a variante turbodiesel de 2.8 litros e quatro cilindros apoiado por um sistema micro híbrido de 48 volts.
A bateria está instalada sob os bancos traseiros, e os demais componentes eléctricos na parte superior do compartimento do motor para não comprometer a transposição de trechos alagados até 70 cm de profundidade.
Ressalte-se ainda que a variante hibridizada desta pick-up está homologada para rebocar pesos até 3.500 quilos, com a caixa de carga a suportar até 1.000 quilos.
Em 2028 está confirmada pela Toyota uma Hilux equipada com um sistema de célula de combustível de hidrogénio mas sem que tenham sido avançados dados técnicos.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?