Conheça as novidades e os preços do novo Porsche Cayenne!

Foi no museu da Porsche, em pleno "coração" da marca, em Zuffenhausen, próximo de Estugarda (Alemanha), que um grande espectáculo de música, coreografia e vídeo deu as boas-vindas à terceira geração do Porsche Cayenne. Que visualmente já tínhamos desvendado na manhã de segunda-feira, mas que encerra muitas novidades que merecem ser esmiuçadas e destacadas. Porque, como afirmou o presidente da marca, Oliver Blume, a propósito da música que acabar de tocar, "foi uma sinfonia de vida e de diversidade, como sucede com o novo Cayenne".

Não deixar de ser curiosa a definição de Blume para o SUV que, há 15 anos, lançou a Porsche para uma outra dimensão. "Hoje no escritório, amanhã fora de estrada, no fim-de-semana numa pista, tudo com o ‘design’ típico da Porsche", disse, homenageando os que tomaram a decisão de arriscar uma decisão que chocou muitos dos puristas da marca. "A coragem de lançarmos o Cayenne há 15 anos deu frutos! Eem sido o Porsche mais vendido dos últimos anos, abriu-nos novos mercados e atraiu novos clientes para a marca. Já vendemos mais de 760 mil Cayenne e, com esta terceira geração, queremos juntar mais um capítulo de sucesso a esta história".

Comecemos, pois… pelo fim! O novo Porsche Cayenne chegará ao mercado nacional no dia 2 de Dezembro, mas as encomendas podem começar desde já para as duas versões de lançamento: o Cayenne com o motor 3.0 turbo de 340 cv (mais 40 cv que o antecessor) e 450 Nm, por 101.460 €; ou o Cayenne S com o V6 2.9 biturbo de 440 cv (mais 20 cv que a geração anterior) e 550 Nm, por 119.454 €. Este último pode receber um "pack" Sport Chrono que lhe permite chegar aos 100 km/h em apenas 4,9 s!

De Diesel nem se falou na apresentação do novo Cayenne, numa altura em que esses modelos da Porsche estão "debaixo de fogo". Mas abordou-se a temática híbrida, com o presidente da marca a prometer novidades: "O Cayenne vai aproveitar a nossa estratégia híbrida, vão ficar surpreendidos!". Fala-se numa versão híbrida "plug in" de topo, com a mecânica estreada recentemente no Panamera Turbo S E-Hybrid, com 680 cv!

Embora já o conhecêssemos há dois dias, é sempre bom ouvir porque é que que a terceira geração do Cayenne tem um visual tão mais desportivo. "É mais expressivo, mais atlético e ainda mais elegante. Não há dúvidas de que é um Porsche genuíno", diz Michael Mauer, vice-presidente da marca para o "design". E foi salientada a influência do novo "capot", das ópticas em LED com efeito tridimensional e do novo pára-choques que integra entradas de ar mais generosas no visual mais moderno e dinâmico.

Mas também na lateral há sinais desportivos, como o tejadilho 1 cm mais baixo, rodas de maiores dimensões e o pilar C mais inclinado. Por fim, na traseira, uma barra de luz une as ópticas mais estreitas e dinâmicas, naquela que será a zona do Cayenne que sofreu maior transformação. E é também aí que se "esconde" uma das maiores evoluções, com a bagageira a ganhar 100 litros de capacidade, chegando aos 770 litros.

Um ganho notável, considerando que o novo Cayenne cresceu apenas 6,3 cm em comprimento (4,918 m) e alguns milímetros em largura (1,983 m), mantendo a mesma distância entre eixos (2,895 m). Apesar do aumento de dimensões e de ter muito mais equipamento (nomeadamente sistemas de auxílio à condução), o novo Cayenne pesa menos 65 kg que a geração anterior, para motorizações equivalentes, graças à utilização da plataforma MLB Evo do Grupo VW – já usada nos Audi Q7 e Bentley Bentayga –, feito num misto de aço e alumínio e da carroçaria inteiramente construída em alumínio.

O habitáculo mantém, no geral, as linhas do Cayenne, com destaque para os apoios dos braços à frente, mas ganhou um novo painel de instrumentos com o Porsche Advanced Cockpit, à semelhança do do Panamera e um enorme ecrã táctil de 12,3 polegadas que ainda enfatiza mais a elevada largura do "tablier". "Nada mudou nas várias gerações do Cayenne, excepto que cada uma tem sido melhor que a anterior. Nesta conseguimos aperfeiçoar todos os aspectos", disse Oliver Blume.

Até porque a tecnologia não parou de evoluir nestes últimos anos, seja na parte da conectividade – além dos comandos por voz, o Porsche Connect Plus, de série, permite estar permanentemente "online", servindo ainda de "hotspot" para outros dispositivos –, seja nos sistemas de auxílio à condução. Neste caso, o novo Cayenne presenteia-nos com assistência à visão nocturna com câmara térmica, assistente de manutenção na faixa com reconhecimento de sinais de trânsito, assistente de tráfego, ParkAssist com visão periférica e o Porsche InnoDrive com "cruise control" adaptativo.

Em termos dinâmicos, a Porsche anuncia que o Cayenne está mais desportivo que nunca. O conceito de pneus mistos (medidas diferente nos dois eixos) e um chassis leve foi herdado directamente do 911. "Nunca o Cayenne teve tanta coisa do 911!", adiantou Blume. O Porsche 4D Chassis Control foi desenvolvido quase a partir do zero para este Cayenne (só se mantém a suspensão activa PASM que é de série), contando com eixo traseiro direccional de funcionamento eléctrico. Fora-de-estrada, o Cayenne continua com a extrema eficácia que sempre mostrou, podendo seleccionar-se quatro modos de funcionamento do sistema de tracção integral, em consonância com o terreno pisado: lama, gravilha, areia ou rochas.

Por fim, refira-se que é o Cayenne que tem a honra de estrear mundialmente os novos travões com um revestimento em carboneto de tungsténio. Esta inovação chama-se Porsche Surface Coated Brake (PSCB) e estará disponível em opção, contribuindo para melhor travagem e maior resistência à fadiga. Porque, apesar da "dieta" de que foi alvo, o Cayenne ainda anda perto das duas toneladas e tem prestações de desportivo, por isso é preciso algo que o consiga parar eficazmente!

Preços:

Porsche Cayenne 3.0 turbo de 340 cv - desde 101.460 €
Porsche Cayenne S V6 2.9 biturbo de 440 cv - desde 119.454 €