A Toyota/Lexus quer começar a vender, em 2021, carros que "falem" uns com os outros, a exemplo do que já faz no Japão desde 2015, onde já tem mais de cem mil unidades em comunicação entre si. E pretende, com este anúncio, que os outros construtores sigam o exemplo, de forma a que a circulação se torne muito mais segura, já que os carros conseguirão controlar o que todos os outros estão a fazer, num raio de 300 metros! Uma tecnologia que também está atrasada na Europa…
Agora, é a Toyota/Lexus que quer avançar com esta tecnologia – habitualmente designada por V2V, "vehicle to vehicle" – que pode evitar milhares de acidentes todos os anos que, além da óbvia e mais importante poupança de vidas, evitará avultadas despesas de reparações que compensarão os investimentos adicionais, estimados em 110 a 240 euros por carro.
Em termos genéricos, esta tecnologia consiste num sistema dedicado de comunicações de curto alcance, capaz de transmitir dados até cerca de 300 metros. Cada carro emitirá a sua posição, direcção e velocidade, dados que serão captados pelos outros automóveis que tenham a mesma tecnologia e que estejam dentro desse raio de 300 metros, podendo interpretar o que cada um está a fazer e que perigo poderá representar.
Os dados são emitidos dez vezes por segundo, sendo por isso uma forma muito rigorosa de localização e prevenção de acidentes. Esta é uma tecnologia crucial para a redução de acidentes nas nossas estradas mas, acima de tudo, indispensável para os futuros automóveis autónomos. Estes terão de ter uma capacidade de comunicação entre si bastante superior, estando também à espera da banalização das redes 5G, única forma de tornar fiável e viável a capacidade de se "vigiarem" mutuamente e tomarem decisões em tempo real.