Embora garantindo que o ADN da Lamborghini se manterá intocado e que continuará a ser a construção de superdesportivos, o presidente da marca italiana, Stefano Domenicalli – o nome poderá soar-lhe familiar, pois foi director da Scuderia Ferrari de F1! –, garante que as vendas "explodirão" a partir de 2019, depois de ser lançado o SUV há muito prometido.
Baseado no "concept" Urus mostrado pela primeira vez no já longínquo ano de 2012, o futuro SUV deverá ser lançado em 2018 prometendo, para o ano seguinte (o primeiro completo da sua comercialização), a duplicação das vendas da Lamborghini, para sete mil unidades anuais! No ano passado a marca italiana de superdesportivos do "catálogo" do Grupo VW vendeu um recorde de 3245 automóveis, pretendendo chegar às 3500 unidades anuais. Além de continuar focada em modelos híper exclusivos em que os lucros são fabulosos, como o
Centenario Roadster apresentado no passado fim-de-semana, em Pebble Beach e de que já estão esgotadas as 20 unidades a fabricar, a dois milhões de euros cada, antes de impostos!
"Vamos esforçar-nos ao máximo para vendermos 3500 SUV por ano, será um carro que irá alterar a nossa companhia profundamente", referiu Domenicalli, aludindo também ao enorme investimento que está a ser feito na ampliação da fábrica de Sant’Agata Bolognese e na contratação de mais 500 empregados. Um investimento de algumas centenas de milhões de euros para garantir o crescimento sustentado da lendária marca do touro, fundada por Ferrucio Lamborghini.
"Não iremos, isso é certo, abrir mão do nosso código genético que é produzir automóveis superdesportivos", garantiu Stefano Domenicalli, acrescentando que, apesar da duplicação das vendas que espera que o SUV venha a garantir, quer manter a Lamborghini como uma marca de volumes muito controlados.
Levantando um pouco mais a ponta do véu em relação ao futuro SUV, a dois anos da sua estreia, o presidente da Lamborghini revelou que poderá haver uma versão híbrida "plug-in" em 2020 e até uma variante totalmente eléctrica. Já quanto a veículos autónomos…
"Quem compra um Lamborghini é porque tem prazer em guiar, estamos a falar de emoções! Na vida, a tecnologia tem de fazer parte da emoção", disse Domenicalli que garante que não haverá Lamborghini sem volante.