Segunda-feira esteja preparado porque gasolina e gasóleo deverão voltar a aumentar nos postos de abastecimento.
Se as subidas se confirmarem, será a quarta semana consecutiva que ambos irão subir, regressando a máximos registados apenas em 2012.
Segundo os cálculos realizados pelo Jornal de Negócios, o preço da gasolina simples 95 deverá aumentar cerca de 1,5 cêntimos, para os 1,688 euros por litros.
O gasóleo simples deverá registar um aumento de dois cêntimos, passando o preço por litro para os 1,477 euros.
Desde Dezembro, a gasolina simples 95 já subiu 27 cêntimos enquanto o gasóleo simples registou uma subida de 21 cêntimos comparativamente ao mesmo período de 2020.
Ambos os aumentos estão em linha com a tendência de subida do petróleo registada nas bolsas mundiais.
Na praça de Londres, o barril de Brent, que é referência para as importações nacionais, deverá fechar esta semana com um aumento de 3% no preço.
Entretanto, esta sexta-feira o Parlamento aprovou na generalidade o diploma apresentado pelo Governo para limitar as margens na comercialização dos combustíveis.
Recorde-se que, em Julho, o Executivo aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei que lhe permitirá limitar, por portaria, essas mesmas margens, caso considere que estão demasiado altas "sem justificação", de acordo com o ministro do Ambiente.
Em conferência de imprensa, João Pedro Matos Fernandes disse que o diploma, que abrange também as botijas de gás, seria enviado à Assembleia da República mas salientou que a medida será "limitada no tempo".
Contudo, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, (APETRO), quase dois terços do preço por litro dos combustíveis correspondem a impostos.
Como explica o Jornal de Negócios, entre Janeiro e abril deste ano, o Estado arrecadou cerca de 942,3 milhões de euros através dos dois maiores impostos cobrados na factura.
As contas feitas pelo matutino de economia mostram o Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) correspondeu a 61,62% do valor total de cada abastecimento naquele período em análise.
Os cálculos do Jornal de Negócios baseiam-se na evolução dos preços dos dois derivados do petróleo e do euro.
Contudo, é preciso ter em conta que o custo dos combustíveis depende sempre de cada posto de abastecimento, da zona onde ele se encontra e da marca.
Os preços têm em conta as variações calculadas face ao preço médio praticado no país esta semana, e anunciado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
As contas têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas, ainda que a evolução costume ser semelhante.
Os dados disponíveis para o matutino de economia só estão disponíveis até quinta-feira, quando falta um dia de negociação.
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