Há muito que os "gamers" afirmam que este "hobby" tem vários benefícios para a vida real, a começar no aumento da concentração e do foco.
Agora, é a Universidade de Nova Iorque em Xangai que se junta a esta "luta", mostrando, através de um estudo, que existe uma relação entre os videojogos e a aptidão para conduzir.
O estudo consistiu em desafiar um grupo de pessoas com vasta experiência de jogo para manter um automóvel virtual dentro das linhas de uma estrada (também ela virtual) durante 95 segundos, sendo que durante este período estavam a ser simulados ventos cruzados virtuais, para dificultar ainda mais a tarefa. No final, os investigadores propuseram o mesmo teste a pessoas que não jogam e comparados os resultados, os "gamers" tiveram uma enorme vantagem.
"Os nossos estudos mostram que jogar simples jogos de acção durante 5 horas pode contribuir para melhorar as capacidades visuais, motoras e de controlo usadas para conduzir", afirmou Li Li, líder do estudo.
E não se trata apenas dos jogos de condução tais como o Gran Turismo, Forza ou Driveclub. Mesmo títulos FPS (tiro na primeira pessoa), em que se "mata ou morre", estimulam os reflexos e a actividade cerebral, uma vez que em poucos segundos temos de ser capazes de tomar várias decisões. São características fundamentais quando nos sentamos ao volante de um carro, porque temos de estar não só focados na condução como em tudo o que nos rodeia. Trata-se de coordenar a nossa capacidade visual com a coordenação motora.
Se ainda estiver céptico face aos benefícios dos videojogos, temos mais um argumento para si. Todos os anos a Nissan, em parceria com o título Gran Turismo, organiza uma competição online para ver quem são os pilotos mais rápidos do jogo. Depois, esses jogadores são levados para uma academia, onde fazem o "transfer" do que aprenderam no "mundo virtual" para veículos reais. No final, o vencedor integra uma das equipas oficiais da Nissan, tornando-se piloto oficial do fabricante japonês.