É uma verdadeira tragédia que se abateu sobre o mercado automóvel português, reforçada pela pandemia do coronavírus. As vendas de automóveis ligeiros de passageiros registaram, em Junho, uma queda de 56,2%, avança a ACAP – Associação Automóvel de Portugal .
É a maior queda percentual em toda a Europa, não só entre os países da União Europeia mas também entre as nações da EFTA – Associação Europeia de Comércio Livre, e o Reino Unido.
Recorde-se que, já em Maio, o mercado nacional tinha registado a segunda maior queda percentual comparativamente aos mesmos países.
No mês em referência, o mercado de veículos ligeiros de passageiros, na União Europeia, caiu 22,3% face ao mês homólogo, e no semestre, o mercado teve um decréscimo de 38,1%.
Face a estes valores, a ACAP continua a insistir, junto do Governo, a tomada de medidas para o relançamento do sector no nosso país.
A instituição toma, como exemplo, o caso de França, que, mercê do lançamento de um plano de apoio do governo, a 1 de junho, registou um ligeiro crescimento de 1,2% em Junho na venda de viaturas ligeiras de passageiros novas.
"Se estas medidas não forem rapidamente implementadas, iremos ter graves consequências ao nível do tecido empresarial do sector automóvel", afirma a ACAP em comunicado.
Em Portugal, o sector automóvel representa 19% do PIB, 25% do total das exportações de bens transaccionáveis, 3,5% do emprego e 21% das receitas fiscais, de acordo com os dados avançados pela associação automóvel.
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