Portagens mantêm Opel Grandland X fora de Portugal…

O inconcebível sistema de portagens que continua a vigorar em Portugal irá manter afastado, pelo menos nos tempos mais próximos, o Opel Grandland X, o SUV maior da marca alemã. O problema gira sempre em torno do problema de o modelo ser considerado Classe 2, o que condicionará totalmente as suas vendas e só quando o Grandland X puder ser homologado como Classe 1 a Opel o lançará em Portugal.

Ou porque o "grupo de trabalho" criado para estudar o problema das portagens introduziu alterações que adaptem a actual anacrónica cobrança à evolução sofrida nas últimas décadas pelo automóvel. Ou porque a marca conseguiu uma especificação própria para Portugal que lhe permita a homologação em Classe 1. Já várias marcas o conseguiram para o nosso país, ultrapassando o enorme espanto das "casas-mãe" que não conseguem compreender o sistema de portagens português…

Voltando ao Opel Grandland X, trata-se de um SUV de 4,48 m de comprimento, mais um produto projectado ainda durante a parceria entre a marca alemã e o Grupo PSA, entes de este a comprar. Utiliza a plataforma dos Peugeot 3008/5008, oferecendo cinco lugares e tracção dianteira com o sistema IntelliGrip. Apesar da base comum, tem um "design" próprio, com um ar robusto e um interior na linha do que a Opel vem fazendo, com um "tablier" já bastante "limpo", graças à nova central de comando do sistema Navi 5.0 IntelliLink.

Em termos de motorizações, o Grandland X foi lançado apenas com um motor a gasolina (1.2 Turbo de 130 cv) e dois turbodiesel (1.6 de 120 cv 2.0 de 180 cv). O mais potente dos turbodiesel tem caixa automática de 8 velocidades, podendo o 1.6 receber uma de 6 relações. Dentro em breve, já durante a Primavera, a Opel irá lançar o novo 1.5 turbodiesel, com versões de 100 cv para a entrada de gama e de 130 cv que substituirá o bloco de 1,6 litros. E no Verão aparecerá o motor 1.6 Turbo a gasolina, com 180 cv.

Embora ainda sem data marcada, sabe-se que o Opel Grandland X virá também a ter uma versão híbrida "plug-in", sendo o primeiro híbrido da marca alemã, se não contarmos com o Ampera que era apresentado como um eléctrico com extensor de autonomia. O Grandland X híbrido não só será o modelo mais potente da gama, como também será o único com tracção integral, pois deverá contar com o motor eléctrico no eixo traseiro.

Pode ser que, nessa altura, já se tenha resolvido o problema de o Grandland X ser Classe 2 nas portagens portuguesas, o que lhe rouba competitividade no mercado nacional. Depois do Mokka X, um êxito em vários mercados europeus, mas modelo pouco mais que residual entre nós por ser Classe 2, a Opel está de novo às voltas com o nosso surreal sistema de portagens…