Pesadelo dos airbags assassinos

A lista de carros com airbags Takata defeituosos não pára de aumentar. Recentemente mais seis fabricantes anunciaram a recolha de 2.5 milhões de automóveis em solo americano.

A marca que mais automóveis terá de recolher é a General Motors, cerca de 1.9 milhões, seguida do Grupo Volkswagen (217 mil) Mercedes (200 mil) BMW (92 mil), Jaguar/Land Rover (54 mil) e Daimler Vans USA (5 mil).

Desde a semana passada já foram recolhidos aproximadamente 16.4 milhões de veículos só nos Estados Unidos, resultado do anúncio da Takata, em Maio, que dava conta da existência de mais 35 a 40 milhões de airbags com nitrato de amónio com defeito que teriam de ser revistos até 2019.

Na base de tudo isto está o facto da Takata usar nitrato de amónio para deflagrar a bolsa de ar, um componente que exposto à humidade e às mudanças de temperatura explode e "atira" estilhaços de metal para o habitáculo.

Apesar da Takata já estar proibida de adquirir mais contractos de airbags que contenham a substância perigosa e obrigada a corrigir os existentes, não há nada que trave as marcas que tenham stock destas bolsas de ar de as equipar nos automóveis novos, ainda que todos estejam perfeitamente conscientes do perigo.

O senado americano anunciou que quatro fabricantes vão continuar a vender novos veículos com os airbags defeituosos da Takata e que eventualmente estes automóveis irão ser recolhidos. A U.S. National Highway Traffic Safety Administration - uma entidade do Departamento de Transportes dos EUA que tem como missão reduzir o número de acidentes -, garantiu que estes airbags não representam um risco imediato, sendo que teriam que estar vários anos expostos a um grande teor de humidade.

No total, mais de 100 milhões de carros em todo o mundo com airbags Takata já tiveram de ser "chamados" pelos fabricantes e sabe-se que este defeito já provocou a morte a 13 pessoas e feriu outras 100.