De acordo com a SAGE (Society of Automotive Engineers),
existem cinco níveis de automatização que definem até onde chegam os "auxiliares de condução" e onde começam os sistemas autónomos.
E nesta "escala" que a SAGE contempla, o nível máximo, "5", define os veículos onde os ocupantes são meros passageiros, com o automóvel a "tomar" conta de todos os acontecimentos.
E apesar da BMW (mais concretamente a sua divisão BMW i) estar a mudar o seu foco para o desenvolvimento de tecnologias autónomas, a marca da Baviera acredita que ainda estamos longe de chegar ao nível 5 da condução autónoma.
"Os sistemas de segurança vão ajudar, mas não vão assumir o controlo a 100 por cento. Temos pelo menos dez anos à nossa frente de condução assistida em algumas situações, e não de condução autónoma", afirmou Dirl Wisselmann, responsável máximo da condução autónoma da BMW, em declarações à publicação "Drive Mag".
Contudo, há quem tenha previsões mais optimistas. A Ford, por exemplo, já afirmou que em 2021 terá veículos autónomos de nível quatro à venda, Porém, convém recordar que a principal diferença entre o nível quatro e o nível cinco é o facto de no nível cinco o sistema ser capaz de se adaptar a todas as condições de condução sem a presença de nenhum passageiro a bordo.
E para quem afirma que o desenvolvimento dos sistemas de condução autónoma vão "matar" a verdadeira experiência de condução de um automóvel, Dirl Wisselmann garante que
"os sistemas autónomos apenas vão tratar das partes mais aborrecidas da condução", deixando o condutor
"disfrutar do seu BMW quando quiser".
"Não há nada de divertido em ir para o trabalho numa auto-estrada com bastante trânsito. Mas no campo ou em estradas mais sinuosas, vai continuar a ser capaz de ‘tratar do assunto’ com as próprias mãos".