Estamos a cerca de um mês dos Jogos Olímpicos de Inverno que, este ano, se realizarão em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Os preparativos já foram, contudo, feitos há muito tempo, não só dos atletas mas também do material que irão usar e que tão específico é destas competições. Em especial em certas provas como o bobsleigh, luge ou skeleton (grosseiramente, o luge virado de barriga para baixo e com a cabeça para a frente) que se decidem frequentemente por centésimos de segundo!
A BMW voltou a estabelecer uma parceria com a federação germânica para auxiliar no desenvolvimento dos materiais a usar em Pyeongchang, pondo à disposição o seu túnel de vento climático que simula temperaturas negativas e ventos até… 300 km/h! Mas também técnicos de várias especialidades que ajudaram desde o desenho e maquete do bobsleigh até à construção com plástico reforçado com fibra de carbono, material que a BMW domina bem por o usar intensivamente, nomeadamente no i3.
No skeleton, a aerodinâmica é importante por a cabeça do atleta ir à frente e fazer muito mais atrito ao ar do que os pés do praticante de luge. Foram, por isso, testados não só novos materiais mas também a posição a adoptar pelo próprio atletas para reduzir ao mínimo possível o atrito com o ar, procurando ajudar Tina Hermann (vencedora de cinco provas da Taça do Mundo) a ganhar preciosos décimos de segundo. "Como sou das mais leves, tenho menor aceleração, o que significa que tenho de tirar o máximo da aerodinâmica para compensar a minha falta de peso", explicou.
"Conseguimos optimizar os ´bobs´ exactamente da mesma forma como optimizamos os carros", explicou o perito da BMW em simulações tridimensionais, Holger Grau. "Vemos as turbulências, analisamos as zonas mais complexas e introduzimos as alterações apropriadas ou mudamos a posição dos bancos, de forma a minimizarmos a resistência". No teste final, antes de expedir os "bobs" para Pyeongchang, foi feito um teste em que as medições aerodinâmicas mostraram uma diminuição na resistência ao ar na casa dos 6%, o que poderá significar o ganho de… um décimo de segundo! Mas, neste tipo de competições, essa é a diferença entre ganhar uma medalha ou voltar para casa de mãos a abanar…