A Ferrari é o construtor automóvel mais rentável a nível mundial, com um lucro superior a 86.884 euros, ao câmbio desta quinta-feira, por cada super desportivo vendido.
Segundo um estudo do Fiat Group World, um portal não oficial da marca italiana de Turim, a insígnia do Cavallino Rampante teve, em 2019, uma margem operacional de 23,6% nas 10.131 que vendeu.
Uma tabela avançada pela Car Industry Analysis explica que a BMW, por exemplo, precisa de vender 30 exemplares para atingir o mesmo resultado.
Já a Nissan, que fecha a classificação em 14º lugar, só consegue chegar a uma margem de lucro comparável após vender 926 unidades.
A Toyota, que ocupa a segunda posição, tem de colocar no mercado 44 viaturas para chegar àquela margem de lucro enquanto a Volvo, que fecha o pódio, precisa de vender 45 veículos.
É de assinalar, no entanto, que o segmento de mercado em que se move um pequeno construtor tão exclusivo como a Ferrari é completamente diferente do daquele em que actuam "gigantes" como a Volkswagen, a Renault ou o grupo PSA.
O mesmo Fiat Group World justifica este desempenho "impressionante" pela adopção de novas tecnologias e pela fina adaptação às solicitações do mercado através de inovadoras estratégias de marketing.
Certo é que 2019 foi para a Ferrari impressionante, mesmo que as margens de lucro tenham descido de forma quase residual.
Foi o primeiro ano em que a fabricante superou a barreira dos 10 mil unidades construídas, gerando uma receita líquida de 3.766 milhões de euros que correspondeu um aumento de 10,1% em relação a 2018.
Europa, Médio Oriente e África foram as regiões do globo onde os seus super modelos mais se impuseram, em contraponto à queda verificada nas Américas.
Em termos gerais, a indústria automóvel mundial obteve 1,87 biliões de euros , no ano passado ao nível das receitas.
Todavia, os lucros operacionais caíram para 86,39 mil milhões de euros quando comparado com 2018, que chegou aos 97,71 mil milhões de euros.