É um revestimento cada vez mais em voga nos automóveis da classe superior, bem aceite no lugar da pele natural, resistente, agradável ao tacto, capaz de ser quente no Inverno e não aquecer demasiado quando o carro está sob o sol de Verão e totalmente personalizável, além de a sua produção estar certificada como neutra do ponto de vista das emissões de carbono: a Alcantara é um produto cada vez mais popular… ao ponto de a única fábrica que o produz já não dar conta das encomendas e estar a recusar 20% dos potenciais negócios!
Sendo a detentora da patente e a única a fabricar Alcantara, a empresa de Andrea Boragno já não chega para as encomendas e está a recusar muitas delas! Por um lado, o italiano deverá estar satisfeito por ter visto as vendas da sua empresa "explodirem" de 64,3 milhões de euros em 2009 para 187,2 milhões no ano passado. Mas, por outro, sabe que está a perder negócio e mais lucros por só poder fabricar oito milhões de metros de Alcantara por ano, 80% dos quais vão para a indústria automóvel… A Europa ainda é o seu principal mercado (60%), mas tem vindo a receber mais encomendas da Ásia (30%), com a maior pujança das indústrias da Coreia, China e Japão, e também dos Estados Unidos (10%).
Porque considera que a procura vai continuar a aumentar, essencialmente, por três razões: a leveza deste material, 50% mais leve que a pele, numa altura em que todos os grama contam na luta contra as emissões poluentes; a maior liberdade na personalização dos interiores; e o facto de ser um material ecologicamente mais correcto que a pele natural que implica a morte de animais e químicos nos tratamentos. Porque, segundo Boragno, em 2020 a Alcantara já deverá ser um material muito próximo do biológico.
Mas, para já, urge que aumente a produção, pois há vários construtores que desesperam, com falta de matéria-prima para forrar o interior dos seus carros!