A BMW vai ter mesmo modelos puramente eléctricos, fora da sua marca "dedicada", a "i", e com modelos da sua gama convencional propulsionados apenas a electricidade. Harald Krueger, presidente da marca bávara, foi bem claro:
"Os nossos concorrentes [leia-se Mercedes e VW/Audi…]
estão a entrar na fase 1 da sua estratégia eléctrica, enquanto nós já vamos para a fase 2". Que também incluirá a Mini!
Aliás, esta estratégia começará precisamente com a Mini, com um modelo totalmente eléctrico a chegar ao mercado em 2019 – já em 2010 a Mini tinha feito um exercício de electrificação de um dos seus modelos que nunca chegou a avançar para a comercialização em massa. Só no ano seguinte, em 2020, deverá chegar o X3 EV, aquele que será o primeiro BMW puramente eléctrico, fora da submarca "i", sendo que o Série 3 e o X4 também vão receber o mesmo "tratamento", dando continuidade à estratégia da BMW de ter modelos da gama dita "normal" com motorizações de "emissões zero".
"Já estamos bastante mais avançados que a concorrência no processo de electrificação das nossas gamas, recorrendo à tecnologia desenvolvida para os BMW i", referiu Krueger, confiante na liderança da BMW nesta corrida à mobilidade eléctrica que marcará, definitivamente, o final desta década.
Como se viu no recente
salão de Paris, a electricidade está na ordem do dia, com um aumento progressivo das autonomias e o multiplicar das ofertas. A Renault
estendeu a autonomia do Zoe aos 400 km, a Opel apareceu com o
Ampera E anunciando mais de 500 km, a
Mercedes apresentou a sua submarca EQ para modelos eléctricos e a VW o seu ambicioso programa com 30 modelos eléctricos até 2025, juntamente com o
"concept" I.D..
Relativamente aos concorrentes directos, contudo, há uma coisa em que Krueger tem razão: a BMW já está um passo à frente, por se encontrar já no mercado, com a comercialização do eléctrico i3 e do desportivo híbrido i8.