A Michelin anunciou esta terça-feira a venda, "até ao final de 2022", das suas actividades na Rússia, e especifica que a operação não terá impacto nos seus objectivos financeiros, que representam apenas 2% das vendas do grupo
"Depois de suspender as suas actividades industriais na Rússia a 15 de Março, a Michelin observa hoje a impossibilidade técnica da sua retoma", anunciou o fabricante francês de pneus em comunicado à imprensa divulgado pela agência Lusa.
A Michelin emprega cerca de mil pessoas na Rússia, incluindo 750 na fábrica de Davydovo, perto de Moscovo, que produz entre 1,5 e dois milhões de pneus por ano, principalmente para o mercado local.
O grupo prevê transferir o controlo das operações terciárias e industriais para uma administração local, que "funcionará através de uma estrutura independente da Michelin".
A Michelin apontou "dificuldades de fornecimento num contexto duradouro de incerteza geral" devido à guerra na Ucrânia e ao incremento contínuo das sanções internacionais contra a Rússia.
Na assembleia-geral do grupo francês realizada a 13 de Maio, o presidente executivo Florent Menegaux anunciou a necessidade de encontrar alternativa para um componente de pneus da Rússia.
A Michelin realiza na Rússia 2% das suas vendas, de 23,7 mil milhões de euros em 2021, e 1% da sua produção mundial de pneus para veículos ligeiros.
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