Sendo já um dos poucos construtores de superdesportivos com uma gama razoavelmente alargada a manter-se fiel à tracção traseira, a McLaren está a preparar-se para deixar de lado os pruridos e converter-se à tracção integral. Não por uma questão "ideológica" mas puramente por motivos tecnológicos relacionados com a potência crescente destes carros e das limitações que existem em passá-la ao solo através de um único eixo…
A McLaren, contudo, raramente faz as coisas da forma convencional e mais óbvia e o mesmo se poderá passar quando chegar a altura de optar pela transmissão da potência às quatro rodas. Actualmente, o modelo mais potente da McLaren é o 720 S que passa os 710 cv para as rodas traseiras. Mais impressionante, contudo, era o modelo híbrido, o P1, que enviava os 903 cv apenas para o trem posterior, bem como a mais radical versão GTR, com 986 cv!
Contudo, estamos a chegar a um ponto em que o eixo traseiro por si só começa a não dar conta do recado…
"Ainda não chegámos lá, mas estamos muito próximos do limite", referiu Mike Flewitt, presidente executivo da McLaren Automotive.
"Ainda não estamos a planear a introdução da tracção integral, mas estamos conscientes de que é uma via que teremos de seguir".
Consta, contudo, que a McLaren fará a sua própria interpretação do sistema de tracção às quatro rodas, aproveitando a futura hibridização da sua gama. A ideia passa por colocar os motores eléctricos mas no eixo dianteiro, deixando o traseiro apenas para o motor a combustão. Isso até poderá ser um facto caso a McLaren avance para um modelo totalmente eléctrico como substituto do P1…
Desta forma conseguiria manter os motores a gasolina de elevada potência a trabalhar no eixo traseiro, enquanto os motores eléctricos à frente se encarregavam das características das quatro rodas motrizes. O mais importante a tirar desta história é que na McLaren não há tabus quanto a tecnologias específicas e que tudo é aceitável desde que seja para melhorar as competências dinâmicas dos seus carros!