A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira uma proposta do Livre que determina a redução em 10 km/hora da velocidade máxima de circulação actualmente permitida.
Foi ainda aprovada a eliminação do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados.
A proposta obriga a redução da velocidade máxima de circulação permitida para 30 km/hora nas vias de 3.º, 4.º e 5.º nível da rede viária, para 40 km/hora nas vias de 2.º nível, e para 70 km/h nas vias de 1.º nível.
As medidas foram aprovadas em reunião privada do executivo camarário sobre a iniciativa "Contra a Guerra, pelo Clima: Proposta pela Redução da Dependência dos Combustíveis Fósseis na Cidade de Lisboa".
Foi igualmente aprovada a reactivação do programa A Rua é Sua, com o seu alargamento a outros locais da capital portuguesa e prolongando o período em vigor.
Significa que será eliminado o "trânsito automóvel na Avenida da Liberdade em todos os domingos e feriados", quando antes só acontecia no último domingo de cada mês.
Foi ainda decidido que o corte do trânsito automóvel aos domingos deve ser alargado a todas as freguesias segundo a proposta do Livre agora aprovada.
Essa medida aplica-se a "uma artéria central (ou mais) com comércio e serviços locais, para que todos os fregueses de toda a cidade possam experimentar fazer as suas deslocações de proximidade a pé de forma segura e confortável sem necessitar do automóvel próprio".
A proposta sugere também a promoção de consulta e participação pública para a transformação definitiva dos espaços nas diferentes freguesias, no sentido de alargar as áreas pedonais.
Outras medidas passam por estudar a criação de um programa de electrificação da frota de táxis da cidade, e "favorecer e facilitar o teletrabalho no município de Lisboa, sempre que possível, e respeitando a vontade do trabalhador".
A proposta do Livre defende ainda a promoção da utilização dos transportes públicos, que privilegie a articulação e harmonização a nível metropolitano, bem como a sua "tendencial gratuitidade".
Serão incentivados formas de mobilidade suave, alargando o alcance da redes Gira e BiciParks, assim como a actual rede ciclável.
A proposta aprovada reforça os incentivos e objectivos relativos às frotas partilhadas de empresas constantes do Pacto de Mobilidade Empresarial para a Cidade de Lisboa (PMEL), quer de veículos automóveis, quer de velocípedes partilhados.
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