O Grupo Jaguar-Land Rover está fortemente interessado no desenvolvimento dos sistemas de condução autónoma,
quer no seu centro de testes, quer em condições de utilização real em estrada.
Para isso reuniu uma frota de 100 veículos, que vão pôr à prova os sistemas que estão a ser estudados. Mas a empresa assume todas as cautelas: não fala em modelos de condução autónoma, mas apenas de sistemas capazes de assistir os condutores, como é o caso da direcção activa.
A prudência tem toda a razão de ser porque a legislação europeia não está preparada para a condução autónoma e, para além disso, não quer correr o risco de vender gato por lebre, como acontece com os sistemas auto-denominados "piloto-automático".
É certo que entre o politicamente correcto e a investigação levada a cabo com esta frota de veículos, há muitos objectivos que vão para além da "assistência ao condutor". A Jaguar-Land Rover quer testar a detecção de obstáculos, sejam trabalhos na estrada ou peões, evoluir os sistemas de circulação autónoma em ambiente urbano, mas sobretudo o sistema V2V (vehicle-to-vehicle), que permite a dois veículos partilharem informações e interagirem no meio do tráfego, ou este não fosse o caminho do futuro para automóveis verdadeiramente autónomos.
O sistema V2V permite aos veículos evitarem colisões e garante que, em caso de circulação em "comboio", a travagem seja simultânea com o momento em que o primeiro sinta necessidade de se deter numa emergência. Como se pode ver, há muito trabalho para realizar, tanto mais que a Jaguar-Land Rover não pensa apenas nas ruas e estradas. Os seus objectivos também passam pelo desempenho em todo-o-terreno, o habitat natural da Land Rover.