O novo Hyundai Kauai surge nesta segunda geração com uma imagem mais minimalista.
Reforçando o espírito de carro de família que o antecessor já preconizava, é sublinhado pela estética invulgar e pelo amplo espaço a bordo
O Aquela Máquina já teve um primeiro contacto crossover na apresentação feita esta quinta-feira em Lisboa e retirou pontos positivos ao volante.
É difícil ficar indiferente à segunda geração do Hyundai Kauai revelado na capital portuguesa.
O modelo faz uma profunda aposta em mecânicas racionais puramente térmicas e híbridas, que serão reforçadas mais no final do ano com o 100% eléctrico.
A distingui-lo está uma dianteira totalmente renovada, com a faixa luminosa LED muito fina a dar-lhe um visual futurista mas muito apelativo ao olhar.
Os grupos ópticos integrados no pára-choques frontal, ganham particular impacto na versão N Line, com a mesma configuração presente na traseira,
A posição é original embora os torne vulneráveis aos pequenos toques numa condução mais desatenta.
As cavas das rodas angulares e as jantes em liga leve de 17 ou 18 polegadas, segundo o acabamento, reforçam o seu lado mais "aventureiro".
Com 4,35 metros de comprimento por 1,83 de largura e 1,59 de altura, o Kauai cresce em todas as cotas face à geração que agora substitui.
E, com a ampla distância entre eixos de 2,66 metros, assume-se como a proposta de maior tamanho face à concorrência directa.
Sem surpresa, estas medidas têm um impacto directo na habitabilidade a bordo, com os ocupantes dos bancos traseiros a ganharem mais espaço.
O porta-bagagens também cresceu, e muito, chegando agora aos 466 litros de capacidade.
São mais 30% em relação ao modelo que substitui, que passam para os 723 litros com os bancos traseiros rebatidos.
O Kauai é também o primeiro Hyundai a usar o novo Connected Car Navigation Cockpit com gráficos avançados para uma experiência totalmente digital.
À frente, o condutor é brindado com um visor rectangular derivado do Ioniq 5, de 24,6 polegadas, a unir o painel da instrumentação e o ecrã táctil multimédia.
Além de quatro carregadores USB-C e uma tomada de 12 volt, equipa também a mais recente versão Bluelink Connect Car Services da Hyundai.
A telemática integrada permite dados em tempo real como a navegação online, assim como informações de trânsito e de estações de serviço, entre outras. São ainda admitidas actualizações por via remota para todos os sistemas do automóvel.
O crossover faz gala de uma linha completa de assistentes à condução Smart Sense, a começar por uma câmara defronte do condutor que "vigia" a sua atenção à estrada.
Somam-se também uma solução que actua na direcção caso detecte riscos de colisão lateral ou frontal.
Velocidade de cruzeiro "inteligente" com manutenção de faixa, radar de ângulo morto e sensores de estacionamento com câmara reforçam a segurança na condução.
O Hyundai Kauai é inicialmente proposto no nosso país com uma motorização térmica e outra híbrida; a versão eléctrica ainda não tem data de lançamento.
A primeira comporta um bloco T-GDi de 1.0 litro com 120 cv e 172 Nm, alinhado com uma caixa manual de seis relações ou automática DCT de sete velocidades.
A velocidade máxima está tabelada nos 180 km/hora, com a versão com transmissão automática a cumprir em 11,7 segundos os zero aos 100 km/hora.
Os consumos médios rondam os seis a 6,4 litros/100 km, dependendo do tipo de caixa que equipa o crossover.
A complementar a gama, por agora, está o Kauai Hybrid, que alia um motor 1.6 GDi de 105 cv e 147 Nm, com um propulsor eléctrico de 44 cv e 170 Nm.
Ligado a uma caixa automática DCT de sete relações, e apoiado por uma bateria de 1,56 kWh, debita uma potência e binário combinados de 141 cv e 265 Nm.
A aceleração até aos 100 km/hora faz-se em 10,9 segundos para uma velocidade de ponta de 165 km/hora e um consumo médio de 4,8litros/100 km.
As encomendas para o novo Hyundai Kauai já estão abertas, com um preço de partida de 29 mil euros.
Os minutos ao volante do Hyundai Kauai N Line na zona ribeirinha de Lisboa com o motor puramente térmico foram muito poucos para tirar grandes ilações.
A qualidade de condução é muito razoável e o conforto a bordo de bom nível. A suspensão é eficaz mas não absorve por completo as deficiências do piso.
Se as acelerações estão ao nível do seu segmento, salienta-se a precisão da caixa manual de seis relações.
O volante leve e directo para facilitar manobras mais apertadas mas deu para perceber que, movimentos mais bruscos, aumentam os balanços laterais.
Nada que se estranhe, já que essa mantém-se como uma das pechas dos SUV e crossovers para quem gosta de uma condução mais dinâmica.
Os consumos estão ao nível do que os rivais oferecem, ficando acima dos 6 litros/100 km numa condução citadina.
Inegável é o bom suporte lateral dos bancos dianteiros, que consegue travar a inevitável "dança" do corpo em curva.
Olhando em redor do habitáculo, percebe-se uma forte aposta nos materiais e tecidos recicláveis.
E é um dos pontos que desilude pela sua dureza. Não é que os acabamentos sejam maus, mas quase entra em conflito com o visual exterior do crossover.
Mesmo com essa condicionante, o novo Kauai tem todas as condições para manter o sucesso da primeira geração.
Motorização | Equipamento | Potência/Binário | Preço |
1.0 T-GDi 6MT | Premium | 120 cv / 172 Nm | 29.000 euros |
1.0 T-GDi 7DCT | Premium | 120 cv / 172 Nm | 31.000 euros |
1.0 T-GDi 6MT | N Line | 120 cv / 172 Nm | 31.500 euros |
1.0 T-GDi 7DCT | N Line | 120 cv / 172 Nm | 33.500 euros |
Hybrid 1.6 GDi 7DCT | Vanguard | 141 cv / 265 Nm | 36.300 euros |
Hybrid 1.6 GDi 7DCT | N Line | 141 cv / 265 Nm | 39.500 euros |
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