Sergio Marchionne, o presidente da Ferrari, voltou a afirmar que os SUV estão fora do horizonte da marca – apesar de alguns dos seus mais directos concorrentes assumirem esta via com projectos como o
Urus da Lamborghini –, mas não afasta a possibilidade de lançar um "novo Dino".
"A coisa mais importante é atingir os resultados económicos que estabelecemos, mas para os obter nunca destruiremos a marca e o seu ADN", afirmou Sergio Marchionne na inauguração das
exposições "Under the Skin" e "Rosso Infinito", que estão patentes ao público no Museu Ferrari em Maranello.
"A Ferrari tem uma grande história e não a podemos violentar", acrescentou, para explicar a decisão de ficar fora da "moda SUV" que conquistou a indústria automóvel.
Em termos económicos, 2017 será um ano recorde para a Ferrari. Em Maio de 2016 a marca passou a estar cotada em bolsa e as acções de 37,57 euros valem hoje 76 euros. É o espelho do crescimento contínuo das vendas, que só no primeiro trimestre deste ano atingiram as 2.350 unidades, para já não falar no renascimento desportivo da Scuderia.
Há algum tempo que se fala da possibilidade de ser apresentado um "novo Dino", mas há várias dúvidas sobre este projecto que Sergio Marchionne admite que "não está arquivado".
"É um tema muito delicado", admitiu o presidente da Ferrari.
"O assunto foi discutido, mas não foi tomada nenhuma decisão final e não sei se o iremos fazer ou não, porque temos muito trabalho entre mãos", acrescentou Sergio Marchionne, sem adiantar qualquer outra pista sobre os futuros modelos que vão entrar em produção na fábrica de Maranello.