É evidente o aumento da procura de automóveis equipados com caixas de velocidades automáticas em todos os segmentos do mercado. Isso é tão verdade nos "micro-carros" como o Smart/Twingo, que já tem propostas de dupla embraiagem, mas também nos modelos mais prestigiados das marcas do segmento Premium.
Já lá vai o tempo em que na Europa as transmissões automáticas eram vistas como um mero "equipamento de conforto". Hoje, as mais evoluídas ajudam a potenciar as performances com os comandos manuais com patilhas sob o volante, tiram partido de todas as rotações do motor e permitem manter o "pé no fundo" quando se muda de velocidade "para cima" ou até nas reduções mais violentas.
É por isso que esta proposta se generalizou rapidamente no universo dos desportivos, que seguiram o mesmo caminho adoptado no desporto automóvel, embora ainda haja quem ache que é melhor ter uma caixa de velocidades manual "à antiga". Aliás, esses ditos "puristas" continuam a defender que não há nada mais eficaz do que uma manete na consola central.
Mas a realidade está a mudar e vários construtores estão a deixa de apostar nas transmissões manuais, tanto mais que o aumento do binário dos motores implica avultados investimentos numa solução que pode ser resolvida com uma caixa automática, o que exige um investimento menor.
A generalização da opção automática não é nem imediata nem generalizada. Basta pensar que a Porsche continua fiel às duas opções e até exacerba o potencial das transmissões manuais. Mas nos modelos de segmentos mais abaixo esta situação vai começar a ser cada vez mais evidente.