Pesquisa
Actualidade

Brada aos céus: Ferrari também pensa eléctrico...

14:03 - 09-11-2016
  9
Brada aos céus: Ferrari também pensa eléctrico...
Longe vai o tempo de Enzo Ferrari quando os motores "da verdade" tinham de ser V12. Os tempos mudaram, ao mesmo tempo que a legislação e a marca de Maranello foi obrigada a reformular a sua postura para poder cumprir as normas de emissões de poluentes.

A aposta em motores mais pequenos começou por ser a solução mais óbvia. Basta olhar para o mais recente GTC 4 Lusso, equipado com um bloco V8 turbo de 3,9 litros de cilindrada e 611 cv, para perceber que a Ferrari também está alterar os seus paradigmas, mas já não parece tão evidente que um Ferrari possa abandonar tudo aquilo que faz parte do seu ADN.

A marca de Maranello pode reduzir as cilindrada dos motores, pode trocar a nobreza dos motores V12 por blocos mais pequenos, mas isso não é a mesma coisa. Mesmo assim, Sergio Marchionne, o patrão da Ferrari e do Grupo Fiat/Chrysler Automobiles (FCA), faz "finca pé nas motorizações eléctricas".

Ferrari F12 TdF


Ferrari F12 TdF. Esta opção parece condicionar modelos que têm tudo a ver com o ADN da marca de Modena como o F12 TdF, uma proposta emblemática. São sinais dos tempos, dirão alguns, mas as roturas com o passado nunca são fáceis quando estamos a falar de um super-desportivo cheio de carácter. É certo que há alternativas, mas não são a mesma coisa...

Ferrari LaFerrari


LaFerrari. O último super-carro da Ferrari é um híbrido, mas a tecnologia eléctrica serve para potenciar as performances do motor V12 de combustão interna e os objectivos foram garantidos numa proposta que está entre os modelos mais radicais do momento, surgindo em linha com todos os super-carros da Ferrari. Mas a tecnologia híbrida acaba por deixar o LaFerrari num limbo do politicamente correcto.

Ferrari LaFerrari Aperta



LaFerrari Aperta. Os modelos mais ou menos especiais e as séries limitadas como o LaFerrari Aperta, cuja produção já estava totalmente vendida antes da apresentação ao público, são uma fonte de receita, que ultrapassa tudo aquilo que vem do passado da Ferrari. Mas actualmente a marca de Maranello está cotada em bolsa e tem investidores ávidos de dividendos. Por isso, Sergio Marchionne quer ir mais além, acreditando que a electrificação é o melhor caminho para potenciar as vendas no futuro. Pode ter alguma razão, mas a Ferrari poderá deixar de ser o que é...

As regras globais que restringem as emissões de poluentes condicionam as vendas da marca, que espera poder produzir 8 000 unidades este ano e chegar às 9 000 em 2019. Os grandes motores V12 podem passar à história com uma opção nos motores híbridos que, segundo o plano de Sergio Marchionne, podem permitir chegar a um patamar de 10 mil unidades/ano, em 2025. Mas, para além de tudo isto, o patrão de Maranello considera importante diversificar a oferta – apesar de também já ter afirmado que a Ferrari nunca iria produzir um SUV...
Faltam 300 caracteres
Comentário enviado com sucesso
Subscrever Newsletter
pub
×
Enviar artigo por email

Restam 350 caracteres

×
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login. Caso não esteja registado no site de Aquela Máquina, efectue o seu registo gratuito.