Um Tesla Model S que circulava numa auto-estrada com o modo "Autopilot" activado conseguiu prever um acidente mesmo antes de acontecer, dando início a uma travagem automática instantes antes do impacto dos carros que seguiam à sua frente.
Tudo aconteceu na Holanda, numa auto-estrada próxima da cidade de Eindhoven, quando um veículo que seguia à frente deste Tesla embateu na traseira de um automóvel. Alguns metros atrás, o Model S equipado com o Autopilot v.8.0 conseguiu prever que algo de errado iria acontecer e activou a travagem de emergência, imobilizando o veículo e evitando assim um desfecho que poderia ter sido bem diferente.
Autopilot da Tesla antecipa acidente à sua frente
No vídeo que lhe mostramos acima, é audível o alerta sonoro do sistema aos quatro segundos de vídeo, cerca de um segundo antes do acidente, o que revela um tempo de reacção bastante rápido e que é praticamente impossível de acompanhar por um condutor.
A Tesla não está sozinha neste "jogo"
A fabricante liderada por Elon Musk não está sozinha no que diz respeito à tecnologia de sistemas de condução autónomos e respectivos sistemas de segurança. A Mercedes, por exemplo, oferece o sistema Pre-Safe, que antecipa e prepara o habitáculo para um acidente que esteja iminente, ajustando os cintos de segurança, os encostos de cabeça e os bancos.
E se nos focarmos nos sistemas de travagem automáticos, felizmente são cada vez mais comuns no catálogo de equipamentos que as marcas disponibilizam. E são muitos os sinais que mostram que é para aqui que caminhamos, já que os radares e os sensores que trabalham em paralelo com estes sistemas são capazes de detectar e reagir muito mais rápido do que os condutores.
E se até há muito pouco tempo estes sistemas eram exclusivos das gamas mais elevadas, essa realidade tem vindo a mudar. E a tendência é que fique disponível em todos os automóveis novos. Pelo menos é esse o desejo da Comissão Europeia, que pretende "forçar" as empresas da indústria automóvel a incluir sistemas de segurança passiva de série, de forma a democratizar esta tecnologia.
Estamos a falar de sistemas de travagem de emergência autónoma, de aviso em caso de saída das linhas que limitam a faixa de rodagem e de luzes de aviso de emergência, que piscam rapidamente e de forma intensa sempre que seja feita uma travagem mais brusca.
Esta proposta da Comissão Europeia tem como objectivo chegar a todos os veículos novos que sejam vendidos na Europa, mesmo os mais baratos, e o objectivo é que daqui a cinco anos já seja uma realidade.
É difícil prever se esta medida será concluída nos próximos cinco anos, mas uma coisa é certa: no futuro todos os automóveis estarão preparados para reagir e antecipar a situações que aconteçam à sua volta, ajudando assim a reduzir o número de acidentes. É que se em alguns casos é discutível a utilidade da tecnologia que temos ao nosso dispor nos automóveis de hoje, esta situação em particular já provou por diversas ocasiões que funciona e que complementa os reflexos dos condutores.