É uma das inaugurações mais aguardadas para a evolução da mobilidade eléctrica e a data foi revelada num e-mail enviado a quem tinha ganho bilhetes para o importante evento: é já no próximo dia 29 de Julho que a Tesla vai inaugurar a chamada Gigafactory.
Como o próprio nome dá a entender, trata-se de uma gigantesca unidade de produção de baterias de iões de lítio para automóveis eléctricos, de que para já ainda só vai inaugurada uma pequena parte, a chamada fábrica-piloto. Situada nos arredores de Sparks, no estado do Nevada, é um investimento que ronda os 4,3 mil milhões de euros, numa parceria entre a Tesla e a Panasonic, mas onde também a Daimler (Mercedes) tem alguns interesses.
O projecto inicial prevê criar uma fábrica com uma área de… 540 mil metros quadrados e dois andares, no que se poderá tornar o maior edifício do Mundo em área coberta. Mas já há planos para duplicar essa área, de forma a aumentar a produção de baterias para automóveis eléctricos. Com a massificação da produção a Tesla e a Panasonic pretendem que o seu preço baixe mais de 33%!
A Tesla, marca fundada pelo visionário e milionário Elon Musk – fez fortuna ao vender o sistema PayPal e ainda recentemente foi notícia com o sucesso do projecto de "cargueiro" espacial recuperável Space X –, pretende tornar-se na maior marca do Mundo de automóveis eléctricos, estando já a vender o Model S (berlina de luxo) e a começar as entregas do SUV Model X.
Mas as suas grandes esperanças centram-se na berlina mais compacta Model 3, recentemente apresentada e de que diz ter já cerca de 400 mil encomendas… apesar de só ser posta à venda em finais de 2017! E é para este carro que a Tesla precisa urgentemente de ter a Gigafactory a produzir em grande série as baterias de iões de lítio, com uma capacidade anual de 35 GWh. Porque só com baterias a baixo preço conseguirá tornar o Model 3 acessível (fala-se em 31 mil euros nos "States") e ganhar dinheiro com a sua comercialização.
Com esta fábrica, Elon Musk sonha em liderar o mercado do automóvel eléctrico até ao ano 2018, passando a controlar uma parte significativa da produção mundial de baterias. Um visionário mas que não anda neste mundo para perder dinheiro…