O Ferrari 250 é, sem dúvida, um dos carros mais amados do planeta desde a estreia do protótipo nas Mille Miglia de 1952.
Um ‘design’ intemporal, aliado a um desempenho superlativo e a uma produção limitadíssima colocaram este modelo no primeiro lugar da lista de qualquer coleccionador automóvel.
É sempre uma sensação, por isso, quando um destes super desportivos chega ao escaparate de um stand para aliviar os bolsos dos fãs mais endinheirados.
É o caso deste Ferrari 250 GT Berlinetta de 1956, que se acredita ser um dos nove protótipos desenhados e "construídos à mão" por Pinin Farina sob encomenda do próprio Enzo Ferrari.
Reza a história que a fábrica do ‘designer’ italiano não tinha a capacidade para construir o modelo, razão porque passou a produção da carroçaria para a Carrozzeria Boano.
Para a estrada saíram 335 exemplares até a produção desta série terminar em 1960.
Exclusivo como é qualquer modelo da insígnia italiana, os 240 cv e 262 Nm desenvolvidos pelo bloco V12 de 3.0 litros, equipado com três carburadores Weber, são passados às rodas traseiras por um caixa manual de quatro relações.
Em termos de desempenho, o super desportivo chegava aos 240 km/hora – curiosamente, a marca indica uma velocidade máxima de 203 km/hora – e fazia 6,4 segundos dos 0 aos 100 km/hora.
Numerado com o chassis 0435GT, o Ferrari 250 GT Berlinetta mantém a integridade original, assim como um histórico bem documentado.
Devolvido à procedência, acabou por ser vendido na Suíça, onde foi pintado de vermelho em 1980.
Há cerca de dez anos, o bólide foi completamente restaurado e pintado no cinzento metalizado original com que saiu da linha de produção. O chassis está ainda em processo de certificação pela Ferrari Classiche,
A exclusiva Auxietre & Schmidt não avança com o preço de venda mas o 250 GT Berlinetta não deverá ser nada barato.
Em 2008, foi vendido por pouco mais de 341 mil euros, com o valor a ultrapassar, em 2015, os 1,350 milhões de euros.