Tudo o que já se sabe da próxima geração do Renault Clio!

O Renault Clio foi, em 2017, o automóvel mais vendido em Portugal, tal como já tinha acontecido nos quatro anos antes. Escusado será dizer que é o "best-seller" da marca francesa e se em vez de falarmos no nosso país alargarmos esta análise para todo o continente europeu, percebemos que só é batido pelo Volkswagen Golf na tabela dos mais vendidos.

Mas apesar deste sucesso, importa não esquecer que o actual Renault Clio – 4ª geração – já foi apresentado em 2012, pelo que o seu "ciclo de vida" já se encaminha para o fim. Ainda para mais se tivermos em conta que os dois rivais directos que mais luta dão nas vendas da Europa – VW Polo e Ford Fiesta - foram renovados no ano que agora acabou.

Como tal, a resposta por parte da marca gaulesa aproxima-se a passos largos e vai contar, entre outras coisas, com uma motorização electrificada e com tecnologias de condução autónoma! E ainda que a estreia só esteja comercial só esteja prevista para o próximo ano, é seguro afirmar que o novo Clio (5ª geração) poderá ser a estrela do "stand" da Renault no próximo Salão de Paris, em Setembro deste ano.

É certo que o anúncio ainda está a meses de distância, mas já é possível antecipar alguns detalhes que vão marcar este novo ciclo de um modelo que já ganhou o estatuto de ícone dentro da marca com sede em Boulogne-Billancourt.

A base, por exemplo, continuará a ser a CMF-B que encontramos no actual Clio e no novo Nissan Micra, sendo que as dimensões do próximo Clio deverão ser em tudo semelhantes às do actual. No que a mudanças de estilo diz respeito referir que este Clio vai "roubar" muitas das suas influências ao Renault Symbioz, protótipo apresentado no Salão de Frankfurt de 2017 e que antecipa a linguagem de estilo dos próximos modelos da marca.

Como tal, é de esperar uma evolução ao nível da imagem, que ficará mais dinâmica e mais agressiva. Mas se a Renault vai operar mudanças no "look" exterior, é seguro afirmar que as maiores diferenças vão acontecer no habitáculo, como ainda recentemente confirmou Laurens van der Acker, patrão do design da Renault, citado pela publicação "Auto Express", antes de adiantar que a sua equipa precisa de trabalhar para conseguir tornar os interiores dos futuros Renault tão apelativos como os exteriores. A pensar nisto, a equipa de van der Acker vai propor uma melhoria significativa na qualidade dos materiais usados no próximo Clio e um ecrã touch de enormes dimensões que vai dominar todo o tablier.

No que a motorizações diz respeito, o próximo Clio não só terá o bloco de três cilindros de 0.9 litros completamente revisto como vai receber um novo motor Energy TCe de quatro cilindros de 1.3 litros. Por seu turno, ainda não foi confirmada a existência de motorizações diesel, muito por culpa do constante aumento dos custos inerentes a este tipo de propostas.  Confirmada está a chegada de uma variante electrificada – uma espécie de "semi-híbrido" – que irá combinar um motor a gasolina com um sistema eléctrico, sendo que uma versão "plug-in" não está nos planos da Renault.

Outra das mudanças esperadas para a nova geração do Clio é o peso, já que este modelo estará a ser alvo de uma rigorosa dieta que inclui a utilização de mais alumínio e magnésio, vidros mais finos e um sistema de travões menos complexo. A fabricante gaulesa não olha a esforços para reduzir o peso desta proposta e tudo aponta que tenha conseguido "poupar" cerca de 15 kg. Pode parecer pouco, mas tudo conta na hora de cumprir a "meta" das emissões de CO2.

As mudanças para este novo Clio prometem, mas só daqui a alguns meses as vamos poder confirmar. Tal como referimos acima, a estreia pode acontecer em Setembro, durante o Salão de Paris, com a estreia comercial a acontecer alguns meses depois, no início de 2019.