Max Verstappen estabeleceu um novo máximo de 15 triunfos na mesma época ao vencer este domingo o Grande Prémio de Abu Dhabi de Fórmula 1, 22.ª e última prova da temporada.
O piloto da Red Bull concluiu as 58 voltas ao circuito de Yas Marina em 1:27.45,914 horas, seguido de Charles Leclerc, da Ferrari, a 8,771 segundos, e de Sérgio Pérez, da Red Bull, a 10,093 segundos.
Leclerc e Pérez chegavam a esta derradeira jornada empatados no segundo lugar do campeonato, com 290 pontos, com o mexicano a parecer levar vantagem na luta pelo vice-campeonato.
Partiu da segunda posição, ao lado do já campeão Max Verstappen, autor da pole position, e à frente de Leclerc.
No arranque, até reagiu melhor do que o colega de equipa que, ao contrário do que prometera no Brasil, pouco fez para ajudar o companheiro de equipa para garantir a dobradinha da Red Bull.
Pérez tentou chegar ao comando na primeira curva mas o holandês não esteve pelos ajustes e obrigou o mexicano a levantar o pé e a conformar-se com ser segundo na corrida.
A Red Bull optou por fazer parar Pérez mais cedo do que Leclerc, de forma a evitar a ultrapassagem nas boxes, e a estratégia parecia estar a correr bem, pelo menos até à segunda paragem.
É que o mexicano foi o único dos pilotos da frente a parar duas vezes, pois a Ferrari optou por mudar de estratégia e fazer Leclerc chegar ao final sem voltar a trocar de pneus.
Pérez parou pela segunda vez na volta 34 e regressou à pista em sexto, encetando uma "cavalgada" que só parou na traseira do Ferrari de Leclerc.
O piloto da Ferrari, no entanto, conseguiu defender a segunda posição na corrida e no campeonato, poupando os pneus o suficiente para chegar ao final, apesar das 37 voltas de desgaste.
"Andei sempre a 110%; fizemos a corrida perfeita", frisou Leclerc, no final. "A única hipótese era ter uma estratégia diferente e poupar pneus. Considerando onde estávamos no ano passado, foi uma grande melhoria".
Já Pérez mostrou-se resignado com o resultado. "As coisas são como são. Tenho de estar contente", considerou o piloto da Red Bull.
"Dei tudo esta época e volto mais forte para o próximo ano. Tivemos grandes momentos, grandes batalhas. No geral, ele foi um pouco mais forte".
O vencedor, Max Verstappen, sublinhou que foi uma corrida que "teve tudo a ver com gestão de pneus".
"É incrível voltar a ganhar aqui e conseguir 15 vitórias numa época; é inacreditável! É uma motivação para tentar voltar a ter um bom desempenho no próximo ano", disse o bicampeão.
Esta prova marcou a despedida do antigo tetracampeão Sebastian Vettel, que somou um derradeiro ponto ao terminar na décima posição.
"Gostei da corrida. Não tivemos a melhor estratégia, o que foi uma pena mas, no geral, foi um bom dia", disse o piloto da Aston Martin.
"Vou sentir mais falta do que aquela que me apercebo agora. Sinto-me um pouco vazio. Os últimos dois anos foram desapontantes desportivamente mas muito importantes para a minha vida. Somos uns privilegiados!", comentou o mais novo campeão de sempre, que conquistou os títulos de 2010 a 2013.
"Se tivermos o poder de inspirar pessoas com o que fazemos, se pudermos transmitir alguns dos valores importantes, isso é muito grande".
Esta foi, também, a última corrida para Daniel Ricciardo, (McLaren), que foi nono, para Mick Schumacher (Haas), que foi 16.º, e para Nicholas Latifi (Williams), que desistiu a três voltas do fim.
Também o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) desistiu com um problema hidráulico a três voltas do fim, acabando assim a primeira temporada em que não venceu nenhuma corrida desde que chegou à Fórmula 1.
Verstappen fecha como campeão, com 454 pontos e 15 triunfos, deixando Leclerc em segundo, com 308, e Pérez em terceiro, com 305.
George Russell, da Mercedes, foi o quarto, com 275, enquanto Lewis Hamilton foi apenas sexto, com 240.
A Red Bull venceu o Mundial de construtores, com 759 pontos, com a Ferrari em segundo, com 554 e a Mercedes em terceiro, com 515.
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