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Como detectar se o seu familiar mais idoso ainda está em condições de guiar

09:45 - 13-01-2018
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Como detectar se o seu familiar mais idoso ainda está em condições de guiar

Não é novidade nenhuma que, com o avanço da idade, as capacidades para conduzir automóveis vão diminuindo. Mesmo se actualmente o conceito de "velhice" já é algo difícil de quantificar, toda a gente chega a uma certa altura da sua vida em que os reflexos já não são os mesmos e até mesmo as faculdades mentais, nomeadamente a capacidade de concentração ou de coordenação, começam a ter as suas falhas.

Sendo o automóvel um símbolo de liberdade de movimentos, muitos idosos continuam a conduzir, por vezes, para lá do que seria aconselhável para circularem de forma segura, tanto para si próprios como para os restantes utilizadores das vias. De vez em quando lá temos notícias de um carro em contramão, por distracção de um condutor de alguma idade… Não é nenhum defeito nem doença, é apenas a lei da vida!

E acaba por chegar a altura em que os familiares ou amigos têm de ter uma das mais duras conversas, procurando convencer o pai/mãe ou avô/avó de que está na altura de parar de conduzir, para seu próprio bem. Uma decisão tremenda porque, no fundo, representa o fim de uma liberdade que, para quem vive em meios mais isolados, pode significar mesmo ficar confinado às paredes de casa…

Contudo, são situações que é mesmo fundamental prevenir para se evitarem males maiores e até, no limite, irreversíveis. Por isso, os familiares dos condutores séniores deverão estar atentos a diversos sinais que poderão indicar que a condição já não é a indicada para continuar a conduzir.

Há três sinais de alarme que exigem acções imediatas: várias situações de acidente iminente, daquelas em que fechamos os olhos e nem sabemos como nada sucedeu quando os abrimos…; raspadelas ou partes amolgadas no carro por toques em postes, vedações ou passeios mais altos; e a acumulação de multas, seja por excesso de velocidade ou por passagem de semáforos com a luz vermelha. Nestes casos, algo de grave se está já a passar e a condução do idoso deve ser avaliada e, eventualmente, desaconselhada (eufemismo para proibir…).

Mas há todo um conjunto de pequenos sinais a que os familiares mais novos poderão estar atentos e ir verificando para acompanharem as consequências do normal envelhecimento no comportamento ao volante. Nenhum deles, por si só, deve ser considerado demasiado grave, mas o conjunto de vários aconselha uma vigilância mais apertada.

Falamos da dificuldade em ver os semáforos ou os sinais da estrada, de uma menor atenção em relação aos carros que vêm dos lados ou de trás, confundir pontualmente os pedais do acelerador e do travão, reacções intempestivas com pequenos problemas do tráfego, reagir lentamente quando é preciso travar ou virar subitamente ou não reagir quando se aproxima uma sirene a assinalar marcha de emergência.

Há ainda outros indicadores a merecerem atenção, como andar de faixa em faixa numa auto-estrada vazia, decisões erráticas, falhar saídas que sempre foram familiares, dificuldade em virar a cabeça para controlar o tráfego antes de uma saída de auto-estrada ou esquecimento de desligar o pisca, depois de ter virado. Se vários destes sinais se conjugam, convém vigiar mais de perto a condução do parente já mais idoso, procurando perceber se as suas faculdades para a condução de veículos se mantêm em níveis aceitáveis.

Refira-se que os acidentes mais graves até são provocados pelos condutores jovens, mas os mais idosos envolvem-se em maior número de acidentes. Com o constante aumento da esperança média de vida e com a geração actualmente nos 50-60 anos a ter, na sua esmagadora maioria, carta de condução, dentro de alguns anos teremos muitos idosos nas nossas estradas. O que exigirá ainda maior vigilância dos parâmetros que deixámos acima como conselhos.

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