A BMW está a criar, nos arredores de Munique, uma espécie de um… mini Silicon Valley, um "campus" para investigação científica na área da inteligência artificial, da programação e do tratamento de dados, de forma a apressar o desenvolvimento dos seus futuros automóveis totalmente autónomos. De forma a cumprir o prometido de, em 2025, estar a comercializar um modelo 100% eléctrico e com autonomia de nível 5, ou seja, o grau máximo de autonomia, aquele em que o carro nos transporta sozinho assim que é introduzido um destino.
Segundo revelou a vice-presidente do Grupo BMW para os recursos humanos ao jornal espanhol "El Mundo", neste momento a marca bávara já contrata mais técnicos de informática e programadores do que engenheiros!
"Só no ano passado contratámos 700 desses profissionais para trabalharem nesse ‘campus’ que criámos perto de Munique para que desenvolvam os seus conhecimentos em campos que serão fundamentais para o automóvel autónomo", contou a galega Milagros Caiña que está à frente da equipa que faz a gestão dos cerca de 125 mil empregados do Grupo BMW!
Mas naquele centro onde se desenvolve a inteligência artificial que tão útil será aos automóveis autónomos não trabalham apenas elementos da BMW, pois não só há pessoal de empresas com que a marca estabeleceu parcerias directas – como a Intel ou a Mobileye – mas também de outras companhias que queiram colaborar. Porque este não é um projecto fechado, podendo receber contributos de outras companhias.
Na entrevista concedida ao "El Mundo", Milagros Caiña falou ainda dos postos de trabalho que a BMW está a criar no México (podendo chegar aos 1500), onde, insensível às ameaças de Trump, vai mesmo construir uma nova fábrica para produzir o Série 3, não só para os Estados Unidos como para outros países. Até porque terá de transferir para o México a produção da berlina que é feita na África do Sul que irá passar a fabricar o X3… Um "puzzle" difícil de controlar mas que tem de ser híper flexível para se ir adaptando às exigências do mercado!