Assistentes de condução: 10 propostas que valem tudo o que custam

Há cerca de 15 anos, a maioria dos automóveis não tinha ABS e as "ajudas à condução" eram ficção científica. Mas a evolução da tecnologia associada à legislação permitiu potenciar a segurança e o conforto.

Todos os automóveis vendidos na Europa após 2003 têm de contar com ABS. Os produzidos depois de 2006 apresentam duplo airbag. O controlo de estabilidade, aliado ao alerta da pressão dos pneus, passou a ser obrigatório desde 2014. Este ano passa a ser exigida a "chamada automática de emergência" em caso de acidente, que alerta os serviços de segurança.

Mas, de série ou em opção, há mais opções que já estão disponíveis e muitas são opcionais (pagas à parte). Custam dinheiro porque funcionam com sensores, câmaras e radar, mas na maioria as propostas são tão relevantes que valem tudo quanto custam, embora cada caso seja um caso e cada marca tenha os seus próprios preçários...

1 - CRUISE-CONTROL ACTIVO. Talvez seja o maior passo no caminho da condução autónoma. Para já, permite chegar ao Nível 2 e ao Nível 3. Para além do conforto de não haver necessidade de manter o pé no acelerador durante longas viagens, a segurança está garantida.

O veículo nunca se aproximará daquele que o precede e, em alguns casos, basta accionar o indicador de direcção para "autorizar" o veículo a ultrapassar de forma autónoma. Em cidade, no pára-arranca, mantém a distância para o veículo da frente.

2 - TRAVAGEM DE EMERGÊNCIA. Os sensores são capazes de detectar obstáculos. Emitem um aviso sonoro para alertar o condutor e alguns deles vão mais longe: se o condutor não reagir, o veículo é capaz de travar de forma autónoma. Há propostas que antecipam a reacção dos cintos de segurança e potenciam a capacidade de travagem.

3 - ALERTA DE ULTRAPASSAGEM DE FAIXA. O cansaço, a sonolência ou uma falta de atenção podem levar o veículo a sair da faixa de rodagem. Há sistemas de alerta sensorial (vibrações no volante ou no banco), sonoros e até activos, com o veículo a corrigir a trajectória de forma autónoma, alinhando o veículo com o centro da faixa de rodagem.

4 – LEITURA DE SINALIZAÇÃO VERTICAL. As câmaras podem detectar os sinais e alertar o condutor para uma alteração dos limites de velocidade, proibição de ultrapassagem ou trabalhos na estrada.

5 – ALERTA DE ÂNGULO MORTO. Uma ultrapassagem está muitas vezes na origem de acidentes. Há um ângulo em que o condutor não vê a aproximação de um veículo que vem de trás, mas o sistema é capaz de avisá-lo com uma imagem que começa por ser luminosa, antes de ser sonora ou, em alguns casos activa, podendo até abortar a ultrapassagem.

6 – SENSORES DE ESTACIONAMENTO. Os sensores de estacionamento dianteiros até podem ser dispensáveis, mas os traseiros são hoje quase obrigatórios numa utilização quotidiana, podendo ser complementados pelas imagens das câmaras, que começam a surgir no equipamento de série de muitas marcas.

7 – ILUMINAÇÃO INTELIGENTE. Os faróis de halogéneo "já eram". Os LED’s estão na ordem dia e oferecem uma possibilidade adaptativa, que permite variar a intensidade no cruzamento com outros veículos e potenciar a iluminação com estrada livre. Mas esta tecnologia está em grande evolução e o laser é o próximo desafio.   

8 – "PARK ASSIST". Estacionar deixou de ser um problema, seja paralelamente ao passeio, seja de forma perpendicular. Os veículos equipados com "park assist" são capazes de detectar um lugar de estacionamento e realizar a manobra de forma autónoma.

9 – MULTIMÉDIA. A conectividade permitiu associar os smartphones ao veículo. Os sistemas são compatíveis com os sistemas Android ou Apple CarPlay, e na maioria dos casos podem espelhar o telemóvel e as suas aplicações no veículo. Isto permite ao condutor ter o seu sistema de navegação, a sua música e, em alguns casos, até as suas mensagens SMS ou até o email.

10 – CONECTIVIDADE. Há cada vez mais AAP’s que permitem ao proprietário de um veículo saber tudo, à distância, sobre o seu veículo. Isso é bom para o encontrar num parque de estacionamento, para saber a sua autonomia, se está fechado, ou até para gerir antecipadamente a temperatura do habitáculo.