Harald Krueger, o CEO da BMW, reafirmou à agência Reuters a determinação da marca de Munique em aumentar as vendas de automóveis eléctricos e híbridos "Plug in", visando atingir um volume de 100 mil unidades em 2017, apesar de reconhecer que
"a mobilidade eléctrica será uma realidade, mas a procura não tem vindo a crescer como se esperava".
Esta declaração contrasta com o anúncio de uma carteira de 400 mil encomendas do Model 3, anunciada pela Tesla, e com os investimentos anunciados pela VW, que quer contar com 30 veículos híbridos ou eléctricos em 2020, numa altura em que a Mercedes poderá ter 10 propostas do mesmo tipo.
As palavras do CEO da marca de Munique parecem ser uma resposta às criticas de Manfred Schoch, sindicalista e membro do conselho de supervisão da BMW, que, em declarações à Blomberg, acusou a administração de morosidade no investimento em mais motores eléctricos, considerando necessário
"expandir a gama, incluindo versões eléctricas nas Series 3, 5 e 7" e, ao mesmo tempo, prever dotações financeiras para o desenvolvimento de novas baterias, porque
"qualquer outro tipo de decisão será prejudicial para o negócio".
No catálogo da BMW só estão disponíveis quatro modelos híbridos e dois modelos cem por cento eléctricos (i3 e i8) e o aumento das vendas pode passar pela maior autonomia da nova versão do i3. O novo i5 só deverá chegar ao mercado em 2021, mas até lá será lançado já em 2017 o novo Mini Countryman híbrido e muito possivelmente um BMW X3 com as mesmas características. Será suficiente?... Para os bávaros parece que sim, pois depois de terem tido a iniciativa inovadora no campo da mobilidade eléctrica parecem estar mais moderados, talvez porque a receptividade do mercado a este tipo de propostas ficou aquém do que estava previsto.