Os accionistas da Tesla vão reunir em assembleia geral a 5 de Junho, e em cima da mesa está a decisão de reservar a presidência a alguém independente, o que afastaria Elon Musk que ocupa o cargo desde 2004.

A proposta foi avançada por Jing Zhao, um accionista californiano que apenas conta com 12 acções, mas considera que a Tesla não deve ser uma excepção ao que considera uma "prática dominante" nos principais mercados, com incidência no Reino Unido. Ao mesmo tempo, considera que esta alteração poderia atenuar os conflitos que têm marcado a actividade da empresa, nomeadamente a compra da "Solar City Corporation", criticada pelos vínculos existentes entre Elon Musk e esta empresa que se dedica à instalação de painéis solares.

A administração da Tesla recomenda que os accionistas votem contra esta proposta, assegurando que Antonio Garcia (assessor) é um director independente e protege a empresa de questões de governabilidade que poderiam surgir com um presidente independente.

Numa declaração à Comissão da Bolsa de Valores americana, a Tesla afirmou que a sua estrutura não é muito diferente da adoptada por grandes empresas públicas e já conta com sete directores independentes.

Tudo isto surge num momento em que as perdas da Tesla subiram para 3.350 milhões de dólares e a "queda" em bolsa tem sido uma constante. Talvez por isso, ou também por isso, Jon McNelly, director de vendas, e os directores financeiros Eric Branderiz e Susan Repo deixaram a empresa.

O mesmo aconteceu com Jim Keller, vice-presidente da marca americana e responsável pelo sistema de condução autónomo "autopilot", que deixou a Tesla para ingressar na Intel, tendo sido substituído por Pete Bannon, que irá trabalhar no hardware do sistema, enquanto Andrej Karpathy ficará responsável pelo software.