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BMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincado

14:59 - 08-04-2022
 
BMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincadoBMW i4 M50: alta tensão com espírito M bem vincado
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A BMW fez do i4 M50 uma verdadeira paixão eléctrica para quem se deixa apaixonar por desportivos de excepção.

Bem diferente do novo BMW iX, um SUV com uma estética bem peculiar, este "eléctrico" pouco se diferencia dos modelos preparados pela divisão M.

Derivado do novo Série 4 Gran Coupé, orgulha-se de combinar a propulsão eléctrica com o prazer de condução. Afinal, são 544 cv de potência máxima que o colocam ao nível de um super desportivo.

Visual distinto

São mínimas as diferenças visuais entre o BMW i4 M50 e os seus "irmãos" com motores térmicos.

Para além da grelha fechada, da falta das saídas de escape e do logótipo i4, um olhar mais distraído quase não se apercebe das diferenças.

Este foi, sem dúvida, o efeito procurado pela insígnia bávara com este desportivo. 

Não assustar os fãs de coupés de alto desempenho com um visual extravagante ou exibir, de forma ostensiva, a sua natureza eléctrica.

E, no entanto, encontro neste BMW i4 M50 todas as características que o distinguem na estrada. 

Linhas muito pronunciadas, com a enorme grelha dianteira a dar-lhe uma enorme personalidade, um tejadilho muito recuado e os farolins em forma de L.

Outros acessórios específicos diferenciam esta versão desportiva do i4 convencional. As capas dos retrovisores laterais, as molduras da grelha dupla e as entradas de ar no pára-choques dianteiro são "pintados" em cinzento metalizado.

Uma opção feliz, a "casar" perfeitamente com o Blue Frozen Portimão mate da carroçaria e as jantes de 19 polegadas com raios duplos bicolores.

Conforto a bordo

Abertas as portas, atenta-se na arte do compromisso para o arranjo estético do habitáculo. Embora tradicional na sua apresentação geral, percebo que está na vanguarda da tecnologia.

 

Alinhado com o painel de instrumentos de 12,3 polegadas, o ecrã curvo multimédia de 14,9 polegadas simplifica os comandos da consola central.

A ergonomia é perfeita e o acesso às diferentes funções é simples e rápido, ou não tivesse integrado o novo sistema BMW 8.0 para melhorar essa experiência.

A decoração interior específica está patente no volante M em pele, nos detalhes em alumínio antracite, e nos estofos pretos com costuras azuis.

Nada a assinalar na qualidade dos acabamentos, que são irrepreensíveis e asseguram um óptimo conforto a bordo para o condutor e os ocupantes.

Irrepreensível na estrada

As primeiras impressões ao volante costumam ser decisivas na avaliação de qualquer carro. Neste BMW i4 M50, quase nada me desilude: a posição de condução é perfeita, bem rente ao chão como se quer num desportivo com raça.

E a visão que tenho sobre a estrada é excelente, a contemplar um longo capô na mais pura tradição BMW. Tudo vale para sentir os 400 kW (544 cv) e 795 Nm que debitam os dois motores eléctricos a darem tracção integral.

 

Potência e binário sentem-se bem quando calco o pedal do acelerador com força no modo Sport: 3,9 segundos apenas para chegar aos 100 km/hora.

Não preciso de entrar em rodeios: este i4 M50 oferece um prazer superior de condução, graças ao chassis reforçado e à suspensão pneumática.

A BMW anuncia uma distribuição de peso de quase 50:50 entre os dois eixos, digna de qualquer proposta da divisão M.

A suspensão filtra bem os defeitos da estrada no modo Comfort mas é no Sport que se revela com mais espírito, com a direcção a ser bem mais precisa.

Todavia, não há como fugir à sensação de conduzir um desportivo que parece maior do que os 4,78 metros de comprimento que mede.

Afinal, são 2.290 quilos que se tornam bem perceptíveis em troços de estrada marcados por várias sequências de curva.

Mesmo assim, a qualidade de condução não fica demasiado afectada, graças ao baixo centro de gravidade, a menos que pisemos em demasia o pedal de travão.

Consistente em todas as condições, faltam-lhe as patilhas no volante para mudar mais depressa o nível de recuperação de energia nas travagens.

Estão disponíveis três níveis, estando o mais potente acessível no selector de marchas. Mudar de um modo para o outro obriga-me a "passar" pelo menu do sistema multimídia.

Escolhido o modo adaptativo, fico surpreendido com as suas variações inesperadas de contenção. Tudo depende do traçado da estrada e dos veículos que circulam em redor, sendo também este modo o único a permitir a entrada em "roda livre".

Sempre pronto a entrar em desfilada quando acelero, também permite encadear longas distâncias sem que sinta uma fadiga exagerada ao volante.

O nível de ruído dentro do habitáculo é muito baixo, como em qualquer "eléctrico", e quase nem se sente o barulho do vento a velocidades mais altas.

Longas distâncias… até 300 km

A BMW anuncia para o i4 M50 uma autonomia até 520 quilómetros, graças à bateria de 83,9 kWh, e um consumo médio de 18kWh.

Não consegui chegar a nenhum desses valores mas também é verdade que a minha preocupação foi tirar o maior partido de uma condução que se queria emocionante.

Se as longas distâncias não ultrapassarem os 300 quilómetros, esse prazer está assegurado num desportivo que bate nos 225 km/hora de velocidade máxima.

 

Felizmente, o tempo de recarregamento da bateria, dos dez aos 80% é feito em menos de 30 minutos num posto de 200 kW. Em casa, a 11 kW em corrente alternada, a espera ultrapassa facilmente as oito horas para uma carga completa.

O BMW i4 M50 está pronto a confrontar os puristas dos modelos de alto desempenho com motores térmicos da insígnia alemã.

Nesta conversão feliz do Série 4 Gran Coupé para o modo electrificado, o desportivo mantém as linhas e as suas valências mantêm-se inalteradas.

O interior está muito bem conseguido e o desempenho em estrada está ao nível dos desportivos mais poderosos alimentados a gasolina.

Único senão, mesmo, é não poder assumir-se como um verdadeiro estradista, a menos que as distâncias sejam médias. Como num vulgar "eléctrico", o percurso tem de ser bem planeado para os inevitáveis recarregamentos ao longo da viagem.

Com um preço de partida de 60.077 euros, o i4 M50 que ensaiei estava recheado de pacotes opcionais que elevam o valor para os 91.461 euros.

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