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Bentley Continental GTC: ao volante de um descapotável de 362 mil euros

11:27 - 11-05-2020
 
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Bentley Continental GTC: ao volante de um descapotável de 362 mil euros

Mais caro que muitas vivendas, o Bentley Continental GT Convertible W12 (é este o nome completo) é um dos descapotáveis mais luxuosos do mercado e também um dos mais caros. Tive oportunidade de o conduzir e apesar de já terem passado algumas semanas, ainda estou a tentar encontrar defeitos.

Há poucos automóveis tão imponentes quanto este. Andar por qualquer avenida de Lisboa ‘montado’ num Bentley Continental GTC é um exercício único. São poucos os que não ‘largam tudo’ para admirar a beleza deste ‘cabriolet’ e ouvir o rugir do motor W12 de 6.0 litros. Só estive com ele durante um dia, mas chegou para perceber o que vale a terceira geração de um modelo que começou por ser feito com base na plataforma do Volkswagen Phaeton.

Agora, no terceiro capítulo deste modelo, a base passou a ser a MSB, a mesma plataforma do Porsche Panamera, com a propulsão a ficar a cargo de um bloco de doze cilindros em "W", com dois turbos e 6.0 litros de capacidade, que produz 635 cv de potência e 900 Nm de binário máximo. A potência é enviada às quatro rodas através de uma caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, dando prioridade ao eixo traseiro, passando o binário para as rodas dianteiras sempre que a situação o exija.

Esta nova plataforma permitiu o acesso a uma arquitectura eléctrica de 48V, fazendo com que este Continental GTC pudesse esquipar barras estabilizadoras activas. A suspensão usa braços de alumínio e molas pneumáticas de três câmaras, garantindo um nível de conforto surpreendente, mesmo em estradas em pior estado.

Mesmo com 2414 quilos e 4,319 metros de comprimento, o Bentley Continental GTC impressiona pelas performances anunciadas: é capaz de ‘sprintar’ dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,8 segundos e de acelerar até aos 333 km/h. Seria de esperar enormes transferências de massas em curva, mas este Continental GTC revelou-se muito equilibrado e muito dinâmico.

Um ‘cruiser’ de excelência

Está longe de ser um desportivo e ninguém esperava que o fosse. É, isso sim, um ‘cruiser’ de excelência, com um conforto ao nível do que melhor se faz na indústria. Para isso também contribui o aumento da distância entre-eixos em 10,5 cm e o novo posicionamento das rodas, agora mais próximas dos extremos.

Além do impacto visual desta decisão, também são notórias mudanças ao nível da distribuição do peso, que passou de 58% (frente)/42% (trás) para 55/45, com o motor a recuar ligeiramente para cima do eixo das todas dianteiras.

Com um desenho agressivo mas elegante, marcado sobretudo pela nova assinatura luminosa, este Bentley Continental destaca-se, como não poderia deixar de ser, pela capota em lona, que pode assumir sete cores exteriores diferentes e demora apenas 19 segundos a abrir e a fechar.

Mas se por fora o Continental GTC é um automóvel imponente, acredite que quando nos sentamos ao volante ficamos ainda mais surpreendidos com o que nos rodeia. Requintado e construído de forma artesanal, o interior combina a pele de qualidade superior com as madeiras polidas e os cromados.

Os botões que abrem e fecham as condutas saltam de imediato à vista, tal como o ecrã central de 12,3’’, que pode ser rodado e escondido, dando lugar a três mostradores clássicos.

Todos os detalhes, materiais e acabamentos escolhidos nos lembram que estamos num automóvel que custa 362 mil euros e isso, juntamente com uma total ausência de ruído e vibrações, mesmo tratando-se de um automóvel com capota de lona, tornam a experiência ao volante deste Continental GTC marcante.

A posição de condução é muito confortável, tal como os bancos, que oferecem um encaixe fantástico e diversas regulações. É muito fácil encontrar a posição ideal, ainda que o volante pudesse ter uma maior regulação.

O que vale este "Conti" em estrada?

O ruído do motor W12 é impressionante e deixa-nos logo de "cabelos em pé". Responde muito bem, é bastante progressivo e convida-nos a andar rápido. Podemos escolher entre quatro modos de condução (Sport, B, Comfort e Custom), sendo que é em Comfort ou em B, de Bentley, que este Continental GTC mais parece "estar em casa".

Mas se quisermos tirar todo o proveito deste "monstro" de 635 cv temos que o colocar em "Sport". Aqui, acelera ainda com mais facilidade, mesmo que nunca se revele um automóvel brusco e assustador. Neste modo, a sensibilidade do acelerador é muito maior e em menos de nada olhamos para o velocímetro e os números são impressionantes. A força gerada na aceleração é brutal, mas nada brusca. É tudo feito de forma gradual e progressiva, com a caixa de velocidades a acompanhar sempre o ritmo.

Bentley Continental GTC: ao volante de um descapotável de 362 mil euros

É impressionante perceber a forma como toda esta potência é colocada no chão, com este Continental a nunca revelar tendência para subvirar. A potência é enviada para as rodas traseiras e sentimos a traseira a sair ligeiramente, sempre com ângulos muito controlados, já que assim que isto acontece a potência é enviada de imediato para as rodas dianteiras, com este Continental GTC a "disparar" na saída das curvas.

A direcção é muito mais directa do que podíamos adivinhar e são necessários alguns minutos para nos rendermos ao potencial deste automóvel, já que antes de atacar as primeiras curvas esperara outro tipo de resposta e, sobretudo, mais rolamento da carroçaria.

Qual o veredicto final?

Este Continental GTC é um verdadeira experiência de condução, que começa no momento em que ouvimos os 12 cilindros a ‘mexer’ e se estende ao habitáculo requintado e construído de forma artesanal.

É um dos automóveis mais confortáveis que já conduzi e tem classe para dar e vender. Mas apesar de tudo isto, respeita as credenciais desportivas da marca britânica, revelando-se muito rápido e muito ágil, sempre que este seja o nosso desejo. Se o objectivo for simplesmente abrir a capota e aproveitar o bom tempo, então ele transforma-se num dos GT’s mais impressionantes que o dinheiro pode comprar.

Argumentos não faltam a este Bentley, que apesar de só ter estado nas "minhas mãos" durante cerca de 24 horas, deixou muitas saudades. Se tivesse de apontar defeitos a esta peça de engenharia britânica, teria de falar no espaço dos bancos traseiros, que é mesmo muito reduzido, e nos consumos elevados, já que o melhor que consegui fazer foi consumos médios a rondar os 19 l/100 km (houve momentos em que fui além dos 30 l/100 km). Mas isso não será problema para o cliente de um automóvel como este, já que a unidade que testámos custava uns incríveis 362 mil euros.

Ficha Técnica

Preço: 362.212 euros

Motor: 12 cilindros em W
Cilindrada: 5952 cc
Potência Máxima: 635 cv (6000 rpm)
Binário Máximo: 900 Nm (1350 - 4500 rpm)
Relação Peso/Potência: 3.80 kg/cv
Velocidade máxima: 333 km/h
0 a 100 km/h: 3,8 s
Emissões CO2: 336 g/km
Consumo misto: 14,8 l/100 km

Autor: Miguel Dias

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