Rali do México 2018: as melhores imagem da festa de Ogier e da Ford

A vitória de Sébastien Ogier no Rali do México é fruto do talento e da estratégia de um piloto que está no auge da sua carreira. Suportou as dificuldades de ser o segundo na estrada durante o primeiro dia, e atacou de forma evidente quando as condições foram favoráveis na segunda etapa...

Como que embalado com a vitória na Suécia, Thierry Neuville (Hyundai) ganhou o "troço-espectáculo" nocturno, que voltou a abrir as hostilidades no Rali do México, mas no primeiro dia de prova foram disputadas nove classificativas e o belga esteve longe de ser um protagonista.

Kris Meeke foi o mais rápido nos 26,05 km da primeira passagem por Duarte-Derramadero, assumindo o comando, mas foi surpreendido por Dani Sordo em El Chocolate 1 (26,05 km). O espanhol surpreendeu tudo e todos. Voltou a ser o mais rápido em Ortega 1, onde Elfyn Evans, que estava na luta pelos primeiros lugares, capotou.

No troço urbano de Leon (PEC 5), Kris Meeke apanhou um susto: bateu num fardo e numa planta e perdeu tempo, mas manteve o segundo lugar num troço onde a vitória sorriu ao Fiesta de Teemu Suninen. Na segunda passagem por Duarte-Derramadero o britânico da Citroën redimiu-se. Ganhou a classificativa e a diferença para Dani Sordo baixou para 12,3 segundos.

FEZ-SE HISTÓRIA. Na PEC 7 – El Chocolate 2, fez-se história: o regressado Sébastien Loeb (Citroën) foi o mais rápido e voltou a saborear a vitória num troço do WRC depois do último triunfo no Monte Carlo de 2015. O nove vezes campeão do mundo ultrapassou o seu companheiro de equipa Kris Meeke e garantiu o segundo lugar da geral a 14,9 s de Dani Sordo. Ott Tanak (Ford Fiesta) afirmou-se na segunda passagem por Ortega e no Autódromo de Leon, onde foi o mais rápido na primeira passagem e Sébastien Ogier (Ford Fiesta) ganhou na segunda.

Na segunda etapa, os troços de Guanajuanito (30,97 km), Oates (26,37 km) e Brinco (9,98 km), a percorrer por duas vezes, tal como o regresso ao autódromo de Leon e ao troço na cidade, marcaram o dia. Sébastien Loeb mostrou que não saiu da reforma para ir passear ao México e no final da primeira passagem por Guanajuanito chegou ao primeiro lugar da geral com 5,1 segundos de vantagem sobre Dani Sordo.

Os Citroën estavam em grande e, em Oates, Kris Meeke foi o mais rápido, pressionando Dani Sordo. Mas Sébastien Origer estava determinado a imiscuir-se na luta entre a Citroën e da Hyundai. Foi o mais rápido em El Brinco e mostrou que estava na luta.

LOTARIA DOS FUROS. Na segunda passagem por Guanajuanito as esperanças de Sébastien Loeb caíram por terra quando o francês "atropelou" uma pedra. "Estava na trajectória e não foi um impacto violento. Não pensava que poderia furar assim, mas aconteceu", referiu o nove vezes campeão do mundo, que perdeu cerca de dois minutos e desceu para o quinto lugar da geral.

Dani Sordo também furou: optou por continuar até ao final do troço, mas caiu para o terceiro lugar. Sébastien Ogier ganhou o troço e saltou do quinto lugar para a liderança com 3,8 s de vantagem sobre Kris Meeke e 17,4 s face a Dani Sordo.

O francês tinha o caminho aberto para a sua quarta vitória no Rali do México e foi o mais rápido nas passagens por Oates 2 (PEC 15) e El Brinco 2 (PEC 16). A vantagem subiu para uns (já) expressivos 37,1 s face a Kris Meeke e 44,5 s relativamente a Dani Sordo.

OGIER EM GRANDE. No derradeiro dia de prova, uma passagem por Alfaro (24,32 km) e duas por Las Minas (11,07 km) não tinham uma distância suficiente para criar grandes alterações na classificação, mas elas aconteceram.

Jari-Matti Latvala (Toyota) fez "prova de vida" ao ganhar a passagem por Alfaro, onde Kris Meeke voltou a fazer asneira da grande: saiu da estrada a dois troços do final, perdendo qualquer hipótese de chegar ao segundo lugar.  

Ott Tanak (Ford Fiesta) foi o mais rápido na primeira passagem por Las Minas, mas a um troço do final a única coisa que interessava eram os pontos suplementares. Os 55,2 s de vantagem de Ogier sobre Sordo não permitiam qualquer alteração na geral e ela não aconteceu, mas a festa também não foi perfeita: Ott Tanak (Toyota) "roubou" os cinco pontos suplementares da Power Stage a Sébastien Ogier por meros 0,4 segundos.

Classificação final

"MUNDIAL" DE EQUIPAS – 1º Hyundai, 84 pontos; 2º M-Sport Ford, 72; 3º Citroën Total Abu Dhabi WRT, 71; 4º Toyota Gadzoo, 53; etc.

"MUNDIAL" DE PILOTOS – 1º Sébastien Ogier, 60 pontos; 2º Thierry Neuville, 51; 3º Kris Meeke, 32; 4º Jari-Matti Latvala, 30; 5º Andreas Mikkelsen, 35; 6º Ott Tanak, 26; 7º Esapekka Lappi, 23; 8º Craig Breen, 20; etc.