Ott Tanak (Ford) ganhou o Rali de Itália. Foi o primeiro triunfo do estónio no WRC e curiosamente o quinto triunfo de um piloto diferente nas sete provas do Campeonato do Mundo deste ano.
Thierry Neuville (Hyundai) foi o mais rápido na super-especial que abriu o rali disputado na Sardenha, mas o início da prova, que foi marcado pelo duelo entre Kris Meeke (Citroën) e Juho Hanninen (Toyota), terminou com mais um capotamento do piloto da Citroën.
A situação da Citroën não era a melhor. E, para além de Meeke, também Craig Breen ficara pelo caminho (caixa de velocidades).
No segundo dia ficou a ideia que havia seis pilotos em condições de vencer, mas o capotamento de Juho Hanninen, quando perseguia Hayden Paddon, reduziu o lote de candidatos onde a Hyundai estava em força com Paddon e Neuville nos dois primeiros lugares, separados por 8,2 segundos, depois de muitas cautelas do belga que, após um furo, ficou sem pneu sobressalente.
Hayden Paddon não evitou uma "traseirada" com o Hyundai e a suspensão ficou partida e começou a arder. O piloto ainda terminou a classificativa 13, mas acabou por desistir na ligação. Ott Tanak herdou o comando e terminou o dia com 24,3 s de vantagem sobre Jari-Matti Latvala.
Em condições normais quase tudo parecia resolvido antes do derradeiro dia de prova. A única questão passava pelos 24,3 segundos que separavam Ott Tanak e Jari-Matti Latvala, já que Thierry Neuville estava longe (+ 1m 02,s s) e não se esperavam milagres de Esapekka Lappi (Toyota), o quarto classificado à frente de Sébastien Ogier (+3m 26,1 s), que nunca conseguiu aproximar-se do protagonismo que teve no Rali de Portugal.
A prova italiana mostrou que, para além do equilíbrio de forças, Ott Tanak também tem condições para sonhar com o título de pilotos a par de Sébastien Ogier, Thierry Neuville e Jari-Matti Latvala. No campeonato de construtores o lote de favoritos parece mais reduzido. A M-Sport e a Hyundai parecem estar a fugir, mas a Toyota ainda está perto, o que não acontece com a Citroën.
Entre os pilotos da equipa francesa apenas Andreas Mikkelsen, o novo recruta contratado à pressa (apenas para esta prova), conseguiu terminar em oitavo lugar com um carro que, para além dos problemas de suspensão já diagnosticados, o C3 WRC tem muitas outras debilidades.
Classificação
1º Ott Tanak/M. Jarveoja (Ford Fiesta), 3h 25m 15,1s
2º Jari-Matti Latvala/M. Antilla (Toyota Yaris), +12m 03s
3º Thierry Neuville/N. Gilsoul (Hyundai i20), +1m 07,7s
4º Esapekka Lappi/J. Ferm (Toyota Yaris), +2m 12,9s
5º Sébastien Ogier/J. Ingrassia (Ford Fiesta), +3m 25,3s
6º Juho Hanninen/K. Lindstrom (Toyota Yaris), +3m 38,5s
7º Mads Ostberg/O. Floene (Ford Fiesta), +6m 31,8s
8º Andreas Mikkelsen/A. Jaeger (Citroën C3), +8m 04,2s
9º Eric Camilli/B. Veillas (Ford Fiesta), +10m 24,6s
10º Jean Kopecky/P. Dresler (Skoda Fabia), +10m 29,1s
"MUNDIAL" DE PILOTOS – 1º Sébastien Ogier, 141 pontos; 2º Thierry Neuville, 123; 3º Ott Tanak, 108; 4º Jari-Matti Latvala, 107; 5º Dani Sordo, 72; 6º Elfyn Evans, 53; 7º Craig Breen, 43; 8º Hayden Paddon, etc.
"MUNDIAL" DE EQUIPAS – 1º M-Sport, 234; 2º Hyundai Motorsport, 194; 3º Toyota Gazoo Racing, 143; 4º Citroën Total Abu Dhabi, 97; etc.