Houve a luta pela vitória entre Hamilton e Rosberg em que o primeiro levou a melhor, passando para a frente do Mundial, por seis pontos. E também entre o Red Bull de Ricciardo e o Ferrari de Vettel pelo outro lugar do pódio, com vantagem do primeiro, para desespero e crise na Scuderia.
Mas um dos grandes duelos do G.P. da Hungria foi pela quinta posição e, pela terceira vez, o experiente Kimi Raikkonen teve de se inclinar perante e irreverência e a arte de bem defender do jovem Max Verstappen. Já se tinham encontrado em Espanha (na
luta pela vitória) e na
Áustria. Agora, no Hungaroring, as coisas foram mais "quentinhas", com um toque a estragar a asa dianteira do Ferrari e Raikkonen zangado com o holandês.
"Não me cabe a mim decidir se o que ele fez foi correcto ou não. O que sei é que já vi outros pilotos serem penalizados por muito menos", disse o finlandês da Ferrari. De qualquer forma, Raikkonen fez uma enorme corrida, sendo um dos pilotos do dia, ao recuperar de 14.º até 6.º, numa pista em que as ultrapassagens são quase impossíveis!
"Fiquei desiludido por não o passar, mas o carro estava muito bom e, partindo de tão longe na grelha, já sabia que seria uma corrida difícil".
Verstappen, por seu turno, estava divertidíssimo… com as queixas de Raikkonen:
"Queixou-se? Pelo menos é um prazer ouvir o Kimi, finalmente, falar!", disse, sorridente.
"Sinceramente acho que respeitei as regras, não vejo onde está o problema e ficaria muito surpreendido se fosse penalizado" [o que não foi]. Sobre o contacto entre os dois carros explicou:
"Ele tentou passar-me pelo interior, o que foi muito optimista da sua parte porque eu vi-o chegar e fechei a porta. Ele travou a fundo mas mesmo assim tocou na traseira do meu carro, são coisas que acontecem".
Nesta troca de palavras, Sebastian Vettel – que já foi jovem e irreverente mas agora anda numa fase mais… "chorona"! – achou que devia meter uma "colherada" e declarou:
"Se estamos na F1 é para correr e detesto esse sistema de penalizações constantes que arruínam as nossas corridas. O Max por vezes é muito agressivo, mas vai acalmar à medida que ganhar maturidade. E a forma como se bate em corrida é uma das suas forças, mesmo se nem sempre é de uma maneira muito simpática para quem está atrás".
Lá na frente, Hamilton controlou a corrida de princípio a fim, mesmo se nunca teve mais de dois segundos de avanço sobre Rosberg.
"Nesta pista e com este calor é assim que se deve fazer, não há que forçar para ganhar cinco ou dez segundos de avanço, apenas temos de controlar. Até porque não queria puxar muito pelo motor porque tenho de o poupar, é o último sem ter de penalizar", explicou Hamilton que, pela primeira vez este ano (e depois de já ter tido 47 pontos de atraso!), passou para a frente do Mundial.
Mas Nico Rosberg tem a possibilidade de contra-atacar já no próximo fim-de-semana, quando correr em casa: o G.P. da Alemanha volta ao Mundial de Fórmula 1, com a circuito de Hockenheim a acolher a última prova antes da merecida pausa de Verão.