A Audi detém o recorde de vitórias nas 24 Horas de Le Mans. Num passado recente ajudou a afirmar a tecnologia híbrida, mas
agora está a equacionar novas alternativas como foco para o seu envolvimento na competição, e o motor a hidrogénio pode ser o novo caminho.
Stefan Knirsch, responsável pelo desenvolvimento técnico da marca de Ingolstadt, admite essa hipótese numa altura em que a BMW também já mostrou algum interesse por esta via alternativa com vista a uma participação nas 24 Horas de Le Mans.
Mas, para além do desafio tecnológico, há outros factores a ter em conta e a Audi pretende avaliar se este tipo de combustível poderá vir a ser uma alternativa plausível a médio prazo
"porque não estamos interessados em apresentar coisas que não possam vir a ser produzidas e neste momento não há infraestruturas credíveis", considerou Stefan Knirsch.
Os motores a hidrogénio têm grande potencial porque são "limpos". A única emissão é água, mas o mundo ainda não parece preparado para oferecer uma rede de distribuição que permita viabilizar a produção em grande escala de veículos com este tipo de motorização.
Mesmo assim a Audi tem sido muito activa nas pesquisas e trabalha desde 2003 na tecnologias das "pilhas de energia" (fuel cells) e até já mostrou um protótipo– o Audi h-tron Quattro concept – baseado nesta ideia. Mas a grande dúvida dos estrategas de Ingolstadt passa pela escolha entre a mobilidade eléctrica e o hidrogénio. A decisão final sobre este dilema poderá definir a estratégia da Audi Motorsport para o futuro…